Professora 'cimentada' em São Brás: polícia busca pistas de envolvidos
Vítima foi enterrada em um calçamento construído no quintal da própria casa. Recentemente, uma mulher esteve na casa com dois pedreiros.
A Polícia Civil informou, nesta segunda-feira (1º), que um inquérito policial foi instaurado para investigar a morte da professora aposentada Maria Mendonça dos Santos, de 72 anos, que foi encontrada "cimentada". O corpo da idosa foi encontrado pelos policiais, com auxílio dos familiares da vítima, no último domingo (31), enterrado em um calçamento construído no quintal da casa dela, localizada na passagem Honorato Filgueiras, próximo à avenida Governador José Malcher, no bairro de São Brás em Belém. O imóvel não tinha sinais de arrombamento. As investigações são conduzidas pelos policiais da Divisão de Homicídios (DH).
Segundo a Polícia Civil, o corpo foi localizado após a polícia ser acionada por familiares que visitaram a casa da vítima e identificaram a falta de bens e pertences pessoais da idosa, além do jardim substituído por uma calçada de concreto. Diligências estão sendo feitas para levantar informações sobre as motivações e identificar responsáveis pelo crime. Qualquer informação, pode ser repassada via Disque-Denúncia 181. O sigilo é garantido.
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Professora estava desaparecida há 10 dias
A professora morava sozinha e estava desaparecida havia 10 dias. No sábado, a família viu fotos dela nas redes sociais e tentou manter contato com a professora. A pessoa que respondeu disse que Maria Mendonça estava bem e no Rio de Janeiro. No mesmo dia, uma conhecida da família entrou em contato e reafirmou as informações sobre a viagem.
Depois, os parentes descobriram que essa mesma mulher esteve, recentemente, na casa da professora, acompanhada de dois pedreiros. E acionaram, então, a Polícia. Essas informações também estão sendo investigadas pela equipe da Divisão de Homicídios.
A Polícia Científica foi acionada no fim da tarde de domingo (31) para fazer a remoção de um corpo encontrado em uma casa localizada na passagem Honorato Filgueiras, próximo à avenida Governador José Malcher, no bairro de São Brás, em Belém.
Segundo parentes, a Polícia Civil já trabalha com suspeitos de envolvimento no crime, mas não pode dar detalhes, para não que não se atrapalhe a apuração.
Imóvel estava bagunçado, o que não era o perfil da idosa
O corpo foi encontrado já em avançado estado de decomposição e embaixo de um calçamento, feito muito recentemente. Agentes da Divisão de Homicídios foram ao local acompanhados por homens do Corpo de Bombeiros, que levaram instrumentos para auxiliar a retirada. Segundo relatos de vizinhos, que preferem não se identificar, a dona da casa morava sozinha.
Recentemente, ela teria vendido um veículo que possuía e desde então não foi mais vista. "Há dez dias que ela não era vista, até que o irmão chamou a polícia pra abrir a porta. Começamos a desconfiar. Ela não tinha celular e o contato era feito por telefone fixo. De repente, notamos que ela estava com perfis em redes sociais, com postagens cuja linguagem não batia com o perfil dela. Foi quando procuramos a polícia", disse um parente da vítima, que não quis se identificar.
Familiares e agentes da Polícia Civil entraram na casa no último sábado (30), mas não encontraram a mulher, apenas deram falta de alguns objetos e viram que o imóvel estava bastante bagunçado, o que não era do perfil da idosa.
No domingo, quando retornaram ao local, vasculharam o quintal e perceberam que tinha uma calçada construída no local onde Maria Mendonça cultivava um pé de capim-santo. "Ela jamais tiraria aquela planta do lugar pra construir uma calçada, por isso resolvemos quebrar e ver o que tinha embaixo. Era ela. Agora o que nós queremos é justiça diante de tamanha crueldade, um crime tão bárbaro. Se a pessoa que fez isso queria alguma coisa dela era só levar, mas não precisava fazer isso", declara o parente.
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