Polícia faz reprodução simulada para esclarecer morte de tatuadora em Marabá
Segundo a polícia, o principal suspeito pelo crime, o tatuador William Araújo Sousa, se recusou a participar da reconstituição
A reprodução simulada que vai ajudar a polícia a esclarecer os detalhes da morte da tatuadora Flávia Alves Bezerra, de 26 anos, foi realizada na manhã desta segunda-feira (17/6), em Marabá e Jacundá, cidades onde a vítima foi morta e teve o corpo ocultado, respectivamente. O principal suspeito de ter cometido o crime, o tatuador William Araújo Sousa, se recusou a participar da reconstituição, segundo informou a polícia.
A companheira dele, Deidyelle Oliveira Alves, que teria ocultado o cadáver, esteve presente durante os procedimentos. O primeiro local a ser analisado pelos policiais foi um condomínio em Marabá, onde o casal de suspeitos morava.
A ação foi coordenada por Jadir Ataíde dos Santos, da Polícia Científica do Pará, e solicitada pelo delegado Walter Ruiz, que lidera o inquérito. A operação contou com a participação de 25 policiais.
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O delegado Walter Ruiz explicou que a simulação tem por objetivo se aproximar da verdade dos fatos. “Foi um crime praticado de tal maneira, com relação à situação em que a vítima se encontrava, que era de vulnerabilidade”, afirmou, classificando o crime como homicídio qualificado e feminicídio.
O perito Jadir Ataíde dos Santos explicou que a simulação busca reproduzir todas as ações ocorridas no condomínio e no local em Jacundá onde o corpo foi ocultado. As versões dos envolvidos foram ouvidas para uma reprodução precisa dos eventos. Os resultados serão comparados com as informações já coletadas no inquérito.
O material obtido com a realização da reprodução simulada será analisado em Belém, com a previsão de conclusão do laudo em 30 a 40 dias. “É um trabalho que vai envolver imagens. Trouxemos alguns equipamentos, então a gente precisa que esse material primeiro fique pronto e, depois disso, nós entregaremos para a autoridade que está presidindo o inquérito”, detalhou Jadir.
Diego Souza, assistente de acusação e representante da família da vítima, acompanhou a reconstituição e comentou sobre a expectativa de que o crime possa ser esclarecido. “A família está apreensiva, em luto pela grande perda que teve, e a gente tem a ciência e a certeza de que a Polícia Civil, juntamente com a Polícia Científica, vai chegar o mais próximo possível da realidade do que aconteceu aqui”, afirmou.
O advogado de defesa de Deidyelle, Israel Lima Ribeiro, destacou a importância da reprodução para a defesa de sua cliente. “Isso vai demonstrar claramente que a Deidyelle não é essa pessoa que estão falando nas redes sociais”, declarou. O advogado acredita que a simulação será determinante para esclarecer o envolvimento de sua cliente no crime.
(Com informações do portal Correio de Carajás)
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