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Polícia combate crimes de influenciadores ligados a jogos de azar no Pará

Recentemente, as investigações ganharam força com a deflagração da Operação “All In”, em Belém

O Liberal

A Polícia Civil do Pará intensificou nos últimos meses as ações de combate a crimes como promoção de jogos de azar, estelionato, lavagem de dinheiro, associação criminosa, crimes contra a economia popular e publicidade enganosa praticados por influenciadores digitais. Recentemente, as investigações ganharam força com a deflagração da Operação “All In”, em Belém, cujo objetivo foi desarticular um esquema de exploração ilegal de jogos de azar promovido nas redes sociais.

De acordo com a Polícia Civil, “dois influenciadores foram ​presos e um vasto material foi apreendido” durante a operação. As apurações revelaram que os suspeitos movimentaram cerca de R$ 42 milhões em contas associadas à prática ilegal de jogos de azar. As ações se concentraram, principalmente, na Região Metropolitana de Belém, onde há maior atividade desses influenciadores, diz a PC.

A instituição também participou de uma operação conjunta com forças policiais do Ceará, Mato Grosso e São Paulo, que resultou no cumprimento de 13 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão. Segundo a Polícia Civil, os investigados promoviam jogos como o chamado “Jogo do Tigrinho”, entre outras atividades ilícitas.

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A polícia alerta que o alcance massivo dos influenciadores digitais “pode amplificar significativamente os danos causados por práticas ilegais, atingindo um público vasto e diversificado”. A promoção de atividades ilícitas por figuras públicas tende a influenciar negativamente seus seguidores e a facilitar a disseminação de crimes cibernéticos.

O trabalho de investigação é conduzido pela Divisão de Combate a Crimes Contra Direitos Individuais Praticados por Meios Cibernéticos (DCCCDI), ligada à Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos (DECCC). As apurações se desenvolvem tanto a partir de denúncias da população, recebidas por canais como o Disque Denúncia, quanto por Monitoramento Ativo, com uso de tecnologias para investigar perfis falsos e a disseminação de fake news.

Entre os principais desafios das operações, a Polícia Civil destaca “o volume de dados gerados por perfis de grande audiência, o uso de ferramentas de anonimato e criptografia, questões de jurisdição internacional e a necessidade de preservar a reputação dos envolvidos até a conclusão das apurações”.

A monetização de conteúdo nas plataformas digitais, especialmente pela promoção de rifas ilegais e cassinos online, tem sido apontada como um fator recorrente nos crimes investigados. Segundo a Polícia Civil, “influenciadores utilizam suas plataformas para divulgar essas atividades, muitas vezes sem considerar as implicações legais”.

Para enfrentar o problema também no campo preventivo, a Polícia Civil e a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) desenvolvem ações educativas, como palestras e campanhas de conscientização, alertando sobre os riscos e os limites legais no ambiente digital.

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