Cabo da PM é morto com 13 tiros dentro de comércio no bairro da Terra Firme
Raphael dos Santos Meireles estava de folga, fazendo compras, quando tudo ocorreu
Raphael dos Santos Meireles, cabo da Polícia Militar do Pará, foi assassinado com 13 tiros, na noite desta quinta-feira (11), por volta das 18h30, dentro de um estabelecimento comercial, na avenida Perimetral, no bairro da Terra Firme, em Belém. O agente era lotado no 39° Batalhão, que atende o município de Benevides, e morava no próprio bairro em que foi morto. Raphael estava de folga, fazendo compras, quando tudo ocorreu. A ação criminosa foi registrada por câmeras de segurança do estabelecimento. Após o homicídio, blitz foram realizadas em vários pontos da cidade, na tentativa de localizar os suspeitos. Além disso, várias supostas intervenções policiais com mortes foram registradas.
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Nas redes sociais, circula a informação de que os assassinos já teriam sido identificados pelas autoridades policiais. Além disso, durante as buscas realizadas pelos envolvidos, duas outras mortes teriam ocorrido, no bairro do Guamá, e uma pessoa supostamente ligada ao homicídio do PM teria sido presa no Terminal de Ananindeua, no momento em que estaria tentando embarcar para a Bahia. A reportagem de O Liberal acionou as polícias Civil e Militar para checar todas essas informações, mas não obteve retorno até o final da noite.
Por meio das imagens de câmeras de segurança que registraram a ação dos assassinos, é possível ver o momento em que um suspeito chega ao local correndo, já com a arma em punho. O homem vai em direção ao PM e atira. Clientes que estavam no interior do comércio percebem a movimentação e deixam o local.
A ação criminosa dura poucos segundos. Logo em seguida, o atirador sobe na garupa de uma motocicleta, cujo piloto já o aguardava do lado de fora. Os dois fogem tomando rumo desconhecido.
Policiais militares do 37° Batalhão atenderam a ocorrência e deram início aos procedimentos iniciais cabíveis à situação. Os agentes não forneceram nenhum tipo de informação sobre a possível motivação para o crime, que está sendo investigado pela Polícia Civil, por meio da Divisão de Homicídios.
Uma equipe da Polícia Científica analisou o corpo e coletou vestígios que serão importantes para determinar a dinâmica do homicídio, bem como ajudar na identificação dos suspeitos.
“Encontramos as peças metálicas oriundas dos disparos de arma de fogo. Encontramos seis estojos e um fragmento de projétil. Esses materiais são de suma importância porque a gente consegue identificar a arma. Esses materiais vão ser encaminhados para o setor de balística [do Instituto Médico Legal] e ficarão no aguardo da autoridade policial para encontrar a arma e fazer o confronto microbalístico”, explicou a perita criminal Virgínia Paiva.
Ela detalhou ainda que Raphael foi surpreendido pelas costas. “A vítima foi alvejada por treze disparos. A maioria dos tiros foi efetuada pelas costas. O atirador evadiu-se”, declarou a perita, ao acrescentar que as imagens de câmeras de segurança já foram analisadas.
“Nós encontramos, aqui na loja, a filmagem de todo o evento, da cena do fato, e ajudou muito na nossa dinâmica, baseado nas manchas de sangue e nas trajetórias dos tiros que alvejaram a vítima”, observou Virgínia.
Em nota, a PM lamentou o ocorrido e informou que presta apoio à família do militar. Diligências são realizadas para localizar os autores do crime. A PC disse que equipes da Delegacia de Homicídios de Agentes Públicos (DHAP), vinculada à Divisão de Homicídios, trabalham para identificar e localizar os envolvidos no crime.
Blitz
Logo após o assassinato do cabo Raphael, as autoridades policiais e de fiscalização do trânsito montaram blitz nos dois sentidos da avenida Perimetral, bem como em outros pontos da cidade, na tentativa de localizar os suspeitos do crime. Em um desses pontos, a reportagem de O Liberal observou, inclusive, a presença do comandante-geral da Polícia Militar do Pará, coronel Dilson Júnior.
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