'Pé de Cachorro' é executado na frente do neto durante 'saidinha' do Dia dos Pais no Pará
O crime ocorreu na noite da última terça-feira (16) em Marabá
Divino Amâncio da Conceição, de 43 anos, conhecido como “Pé de Cachorro”, foi assassinado a tiros quando estava sentado ao lado do neto, de um ano e meio, em frente à casa de sua companheira, no bairro Jardim União, núcleo Cidade Nova, em Marabá, no sudeste do Pará, na noite de terça-feira (16). A vítima cumpria pena por homicídio e havia saído do presídio no último sábado (13), devido à saída temporária do Dia dos Pais, devendo retornar no dia 20. Com informações do site Correio de Carajás.
Os assassinos de Divino foram dois homens, ainda não identificados, que estavam em uma motocicleta. Eles se aproximaram da vítima e efetuaram os disparos. 'Pé de Cachorro' morreu no local. Ele usava uma camisa vermelha, bermuda jeans e chinelos, além da tornozeleira eletrônica que monitorava a saída. A criança ficou muito assustada no momento dos disparos. A dupla fugiu pelo mesmo caminho por onde chegaram.
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“Fomos acionados pelo Núcleo Integrado de Operações (Niop) a respeito de disparo de arma de fogo no bairro Jardim União, e que havia um corpo estirado no chão. Chegando no local, foi constatado o óbito. As primeiras informações relatam uma dupla em uma moto Bros preta, sem mais informações”, comentou cabo Seixas, da Polícia Militar.
Segundo a Polícia Civil, o homem que estava na garupa do veículo desceu e disparou diversas vezes contra Divino, atingido por pelo menos seis tiros na região da cabeça, tórax, perna e braço. No local foram encontradas cápsulas de calibre 9mm.
Parentes da vítima detalharam as últimas horas de vida de Divino. De acordo com as informações repassadas, uma mulher – não identificada – estava devendo dinheiro para ele e o advogado dela era quem estava fazendo as negociações do débito. A familiar conta que Divino recebeu uma ligação do advogado no período da tarde, pedindo que ele fosse até um posto de combustíveis.
Em um primeiro momento o homem teria se negado a ir até o lugar, mas o advogado insistiu. A justificativa era de que não poderiam conversar pelo celular. Diante da recusa da vítima, o advogado falou que havia algo para ele no local. Divino perguntou se era dinheiro e acabou indo até o posto, chamando um amigo para acompanhá-lo.
O assunto a ser tratado era sobre o dinheiro que a mulher devia para a vítima. Não se sabe a origem da dívida e nem a quantia, mas de acordo com a familiar era grande, e a devedora não queria quitar o débito. “Foi tudo planejado, ele chamou [a vítima] para entrar dentro do carro e conversaram só os dois lá dentro”. O homem não demorou muito e logo retornou para casa com o amigo. “Na hora que ele chegou estava estranho. Parece que ele já sabia que ia morrer”, afirma a familiar. Divino havia acabado de jantar quando o crime aconteceu.
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