Pará cumpre meta de coleta de material genético de internos do sistema prisional
A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e a Polícia Científica do Pará (PCP) precisavam alcançar a quantidade de 7.462 custodiados que tiveram o material genético coletado
O Pará foi um dos primeiros estados brasileiros a cumprir a meta do Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG) de coleta dos materiais genéticos de internos do sistema prisional. De acordo com Governo do Estado, o objetivo do trabalho é comparar o DNA de custodiados com vestígios genéticos encontrados em cenas de crime, o que pode servir de prova material na elucidação de casos. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e a Polícia Científica do Pará (PCP) precisavam alcançar a quantidade de 7.462 custodiados que tiveram o material genético coletado. O número foi atingido nessa semana.
Com isso, o Pará se tornou um dos primeiros estados brasileiros a cumprir a meta estabelecida pelo Ministério da Justiça na alimentação do BNPG com material genético de 7.462 detentos. O marco foi realizado nesta semana pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e Polícia Científica do Pará (PCP). As informações foram repassadas pela Secretaria de Comunicação (Secom) à redação integrada de O Liberal.
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O trabalho de coleta contemplou apenas internos já condenados pela Justiça. É o que diz a assistente social da Seap, Maria Rocha. A finalização do trabalho ocorreu no Centro de Recuperação Penitenciário do Pará III (CRPP III), no Complexo Penitenciário de Santa Izabel, onde os 200 últimos internos atendidos na unidade fizeram o Pará atingir a meta estabelecida há sete anos pelo Ministério da Justiça para o Estado.
A colheita do DNA é uma solicitação da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), em cumprimento à Lei 12.654 de 2012. “A lei tornou obrigatória a coleta de material biológico de condenados da Justiça por crimes hediondos ou de violência sexual”, completou Rocha.
Porém, apesar da meta primária da Senasp ter sido atingida, a ação de coleta de material genético deve continuar, devido a quantidade de apenados condenados e que entraram obrigatoriamente para terem material coletado.
No próprio CRPP 3, outros 400 atendimentos devem ocorrer até esta sexta-feira (28), totalizando 600 dos 980 internos que atualmente se encontram na unidade prisional.
A gerente do laboratório de DNA da PCP, Euzimar Rodrigues, detalhou que a coleta é feita por meio de material absorvente preso a uma haste, denominada swab ou suabe oral, que é passado na boca do paciente. O procedimento extrai saliva e o material genético é identificado individualmente com os dados pessoais e digitais do custodiado.
“Posteriormente o material é encaminhado e inserido no banco de dados nacional, com o objetivo de cruzar informações e auxiliar nas investigações de crimes cometidos em todo o território nacional”, explicou a perita.
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