Nutricionista agride mulher: indiciado por lesão corporal afirma que jovem ‘caiu no chão’
Manoel Alves Pereira Netto usou as redes sociais para falar pela primeira vez sobre o ocorrido
O nutricionista Manoel Alves Pereira Netto, que arrancou a jovem Marina Barra de dentro do carro e a jogou no chão, em frente a um condomínio de luxo no bairro de Nazaré, em Belém, usou as redes sociais, nesta terça-feira (30), para falar pela primeira vez sobre o ocorrido, registrado no último dia 8 de abril. Indiciado pelo crime de lesão corporal contra uma mulher, ele disse que não teve a intenção de machucá-la e que ela “caiu no chão”.
“Reforço que não estou aqui para justificar o erro pela forma que retirei a Sra. Marina Barra do veículo, mas preciso deixar claro que nunca tive a intenção de machucá-la, ou jogá-la no chão, como foi dito pela narrativa tendenciosa da mídia. Eu apenas queria que ela saísse do meu carro”, escreveu nos Stories do Instagram.
Na sequência, o indiciado diz que Marina teria resistido a sair do carro e, na tentativa de tirá-la do veículo, ela teria “caído no chão”. “Porém, a Sra. Marina Barra começa a gritar e chutar o banco do motorista, além de exigir que eu a deixasse em sua casa. Após quatro minutos pedindo para que ela saísse, eu saí do veículo, fui até a porta de trás e peguei o braço da Sra. Marina Barra com o único intuito de retirá-la do meu carro. Ainda assim ela resistiu, se jogando para trás e eu estava fazendo movimento contrário para retirá-la, momento este em que ela cai no chão, causando lesões leves, de acordo com o resultado do laudo pericial juntado ao inquérito”, completa ele.
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Diferente do que aponta o Manoel, o laudo da Polícia Científica do Pará (PCP) comprovou que a vítima sofreu escoriações no cotovelo e na perna, com marcas no pulso e no joelho. Desde as agressões, o nutricionista está proibido, pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), de se aproximar a menos de 100 metros de Marina e de tentar fazer contato com ela ou frequentar os mesmos espaços nos mesmos horários que ela. O caso é investigado pela Polícia Civil do Pará, por meio da Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (Deam).
Início da agressão
No boletim de ocorrência, consta que a vítima e o agressor estavam em uma festa e se desentenderam. Conforme o documento, na saída da festa, o rapaz deu uma carona para a jovem e uma amiga dela. As jovens afirmam que pediram ao nutricionista para serem deixadas em casa, mas ele teria desviado o caminho rumo à casa dele, na avenida Serzedelo Corrêa, onde houve uma discussão que terminou na agressão à moça.
Ele nega a existência de desentendimentos na festa: “Em certo momento da festa, a Sra. Marina Barra afirmou que o cigarro eletrônico que estava comigo era dela, e eu a informei que era meu. Após, ela colocou a mão no bolso da minha calça diversas vezes, na tentativa de pegar o cigarro, momento este em que eu a afastei, e não teve nada além disso”, afirma.
O relato do agressor continua apontando que ele não queria dar carona para Marina e a amiga. “Eu já estava dentro do meu carro, quando as Sras. Marina Barra e Mayumi Catete entraram no banco de trás do veículo, e isso pode ser visto no próprio vídeo que foi divulgado, pois ambas estavam no banco de trás, e não no banco do carona, como a Sra. Marina Barra disse em seu depoimento. Dessa forma, eu não compreendi o motivo delas terem entrado no carro, mas disse a elas que estava indo pra minha casa não vendo problema em levá-las, uma vez que o namorado da sra. Marina Barra, o sr. Ricardo Yamada, mora no mesmo edifício”, continuou.
Antes da agressão, registrada por câmeras de segurança, o indiciado diz que tentou pedir para a vítima deixar o carro. “Assim que cheguei, parei o carro na frente do portão da garagem, pedi que descessem do veículo, momento este em que a Sra. Marina Barra começa a resistir a sair do veículo, exigindo que eu a deixasse em sua casa, mas afirmei que não iria deixar, pois não estava passando bem, e pedi novamente que descessem do carro, e interfonassem para o apto do Sr. Ricardo Yamada, ou pedissem um Uber”.
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