Mulher que matou grávida, retirou o bebê e se passou por mãe da criança é julgada em Belém
O crime ocorreu em Marituba, em 2021, após a ré matar a gestante, que era uma mulher em situação de rua
Marielza Rodrigues Ferreira, ré após matar uma mulher em situação de rua que estava grávida e tentar se passar por mãe do bebê, está sendo julgada nesta segunda-feira (25/11), em Belém. O crime ocorreu em Marituba, em dezembro de 2021, quando a indiciada abriu a barriga da vítima na tentativa de ficar com o recém nascido. A mulher foi presa em flagrante, algumas horas depois do crime, quando estava em um hospital após dizer que era a mãe da criança. O bebê está vivo, apesar do parto violento.
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Durante o julgamento, foram ouvidos o delegado que esteve à frente do caso e o médico que atendeu a ré no hospital, quando Marielza se passava pela mãe do bebê. No depoimento, o profissional de saúde relatou que a mulher disse que não sabia que estava grávida e teria se surpreendido com o parto repentino em casa. No entanto, o que chamou atenção dos profissionais é que Marielza se recusou a ser examinada.
Ainda será feita a oitiva de mais testemunhas sobre o caso. Novas atualizações sobre o julgamento serão feitas no decorrer da audiência.
O caso
A Polícia Civil prendeu, na manhã do dia 18/12/2021, Marielza Rodrigues Ferreira, por matar uma mulher em situação de rua grávida, no município de Marituba, Região Metropolitana de Belém (RMB). Após matar a vítima, que não teve a identidade revelada, a suspeita abriu a barriga dela e tirou o bebê. Tudo ocorreu na madrugada do dia 18, um sábado. A autora do crime foi presa em flagrante, algumas horas depois, no hospital Divina Providência, enquanto se passava pela mãe da criança.
Conforme as investigações, por volta de 5h, algumas pessoas da agrovila São Pedro, em Marituba, ouviram gritos. Pouco depois, Marielza começou a pedir ajuda a vizinhos para que a levassem ao hospital, pois ela havia acabado de ter o bebê. No hospital, os funcionários começaram a desconfiar, pois a mulher só queria atendimento ao bebê e não se permitia ser examinada.
Enquanto isso, por volta de 8h, policiais militares e civis foram acionados porque havia sangue escorrendo pela porta da casa de Marielza e parecia ser mais do que o resultado de um parto difícil. Desconfiados, os policiais entraram na casa e o corpo da vítima foi encontrado debaixo de uma cama, com várias perfurações e um ferimento brutal na barriga. Os relatos dos vizinhos começaram a embasar as suspeitas e as diligências começaram em busca da autora do crime.
Relatos dos vizinhos indicam que Marielza já tinha um histórico com outras mulheres grávidas, fazendo convites estranhos e agindo de forma suspeita. Possivelmente, ela tinha o desejo de ser mãe e poderia já estar premeditando o crime. A suspeita foi presa e apresentada na Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil.
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