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Médica é presa em Parauapebas após polícia achar indícios dela ser mandante na morte de trabalhador

A profissional da saúde foi capturada preventivamente nesta terça-feira (4). O crime em questão ocorreu no dia 27 de novembro de 2021. A vítima foi morta a tiros enquanto aguardava o ônibus

O Liberal
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A médica Raijane Martins Barbosa Loras e o cabo da Polícia Militar do Pará Denis da Conceição Matos foram presos preventivamente, na manhã desta terça-feira (4), em Parauapebas, sudeste do Estado, por homicídio qualificado – crime de maior gravidade. Segundo a Polícia Civil, foram encontrados indícios, os quais só serão revelados com a conclusão do inquérito, de que Raijane teria sido a mandante da morte de Cleyton Jorge de Sousa Perote, de 35 anos, enquanto o militar seria o executor.

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A vítima foi assassinada a tiros no dia 27 de novembro de 2021, diante de outras pessoas que aguardavam o ônibus que os levaria até a área de operações do Projeto Salobo, unidade da empresa mineradora do mesmo município em que Raijane foi detida. Os mandados foram expedidos pela Tribunal de Justiça do Pará contra o casal e cumpridos pela equipe de investigação de Homicídios da PC de Parauapebas. 

Dois meses atrás, no dia 3 de maio, Denis da Conceição foi preso temporariamente também pelo mesmo crime. Antes de Raijane ser capturada, a hipótese era de que a vítima, Cleyton Perote, vinha sendo seguida desde que saiu de casa e, durante a abordagem do autor dos disparos, teria reagido e acabou sendo baleado. Um latrocínio

Apesar dos detalhes, os policiais seguem investigando o crime para elucidar as motivações do crime no ofício policial, que será remetido ao Ministério Público. A suspeita presa é ex-diretora do Hospital Geral de Parauapebas, conforme publicado pelo portal Fato Regional. 

Em nota, a PC informou que deu cumprimento a dois mandados de prisão preventiva contra duas pessoas acusadas de um homicídio qualificado ocorrido em novembro de 2021. Ambos passaram pelos procedimentos cabíveis e estão à disposição do poder judiciário.

A redação integrada de O Liberal solicitou um posicionamento da PM para saber se Denis ainda faz parte da corporação. A reportagem aguarda retorno. 

Como aconteceu o crime

Por volta das 4h do dia 27 de novembro de 2021, a vítima chegava ao ponto onde o ônibus da empresa passava para apanhar os trabalhadores, na esquina da Avenida Q com a Rua C-5, no bairro Cidade Jardim. Dois indivíduos em uma motocicleta se aproximaram e um deles efetuou os disparos contra a vítima, atingida na cabeça. A dupla ainda teria pego a carteira porta-cédulas e o celular de Cleyton.

Testemunhas disseram que um dos ocupantes da moto teria dito: “Sai todo mundo daqui, afastem, o negócio é só com esse cara (Cleyton)”. A fala leva a entender que o roubo teria sido para justificar a execução

O que diz a defesa?

Por meio de nota, a defesa da médica afirmou que “Raijane Loras é reconhecida profissional na região de Parauapebas, sendo médica há mais de 15 anos na cidade, onde mora com seu marido e um dos seus filhos. Os fatos investigados são de 2021, e a médica sempre se colocou à disposição perante a autoridade policial, tendo inclusive se apresentado espontaneamente na delegacia para prestar esclarecimento e comparecido quando foi chamada”.

“Por conta disso, solicitamos ao juiz do processo e à autoridade policial o acesso completo à investigação, pois existem documentos e informações que ainda não foram entregues para a defesa. Com relação à prisão, ela possui todos os requisitos para se defender e esclarecer os fatos em liberdade, por isso, aguardamos e confiamos que o judiciário poderá reavaliar esta questão”, finalizou o comunicado"

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