Manifestantes mantêm interdição na Transamazônia após desaparecimento de caçadores
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) está no local e tem garantido liberações parciais da rodovia
Cerca de 50 manifestantes voltaram a fechar a rodovia federal BR-230, a Transamazônica, na madrugada desta quarta-feira (27), em protesto pelo desaparecimento de três homens, tidos como caçadores. Eles teriam entrado na reserva indígena Parakanã, em Novo Repartimento, no sudeste do Estado, e não retornaram desde a tarde de domingo (24). Próximo das 22h, desta quarta-feira (27), a via seguia parcialmente interditada, com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) tentando desfazer o impasse. O clima é tenso na área.
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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanha a situação desde o início desta semana. Na terça-feira (26), um grupo de pessoas bloqueou o trecho. A PRF conseguiu, no entanto, negociar uma liberação parcial da pista, da seguinte maneira: a cada três horas, a rodovia era desobstruída pelos manifestantes por um período de quinze minutos.
Segundo a PRF, na terça-feira (26), duas liberações foram possíveis. A primeira por volta das 17h, com duração de 30 minutos; e a segunda, de 20 minutos, por volta das 22h. A PRF informou, porém, que durante a madrugada desta quarta-feira (27), a rodovia ficou totalmente liberada da meia-noite às 5h e voltou a ser interditada.
“As equipes da Polícia Rodoviária Federal permanecem no local a todo momento, negociando com os manifestantes e garantindo a segurança viária e de toda população no entorno”, informou a instituição.
Os manifestantes cobram providências frente ao sumiço de Cosmo Ribeiro de Sousa, mais conhecido como “Manel”, José Luis da Silva Teixeira e Willian Santos Câmara. Familiares deles supõem que os indígenas são os responsáveis pelo desaparecimento dos rapazes. Até esta quarta-feira, bombeiros e um grupo de pessoas conseguiram encontrar a motocicleta dos desaparecidos e alguns pertences nas proximidades da reserva.
Na tentativa de localizar os homens e evitar possíveis conflitos na área, uma força-tarefa está sendo realizada pela Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Corpo de Bombeiros, Ministério Público Federal (MPF), Fundação Nacional do Índio (Funai) e Eletronorte, pois a empresa mantém um projeto na localidade.
A Polícia Civil do Pará (PCPA) informou que, dentro de suas atribuições, presta apoio às investigações, que são de responsabilidade da PF, já que a reserva é de gestão federal. A PF afirmou que foi deslocado efetivo para realização de trabalhos de Polícia Judiciária da União, bem como presta o apoio necessário na localidade.
A Funai informou que acompanha o caso por meio da sua unidade descentralizada na região, em articulação com os órgãos responsáveis. O MPF reforçou que toma as medidas para que os homens sejam encontrados.
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