Richard Rasmussem denuncia morte e exibição de onça-preta como troféu por caçadores
O caçador que aparece nas imagens divulgadas pelo biólogo foi preso em flagrante
O biólogo Richard Rasmussem usou seu perfil do Instagram na noite desta quarta-feira (20) para denunciar um crime ambiental contra um dos espécimes da fauna brasileira mais vitimado pela ação predatória do homem: a onça. A postagem destaca um vídeo onde aparecem pelo menos três homens - um deles o que filmou a cena - exibindo uma onça-preta abatida a tiros como um troféu. O caso aconteceu em Arame, município no interior do Maranhão.
No vídeo, um dos homens carrega o animal, que descreve como "boi d'aldeia" e menciona a sua ferocidade, como forma de exaltar o feito do grupo em eliminar o que consideram um motivo de ameaça. Não é possível saber onde e nem quando o vídeo foi gravado. Mas percebe-se pelo sotaque de dois deles que trata-se de alguma comunidade localizada na região Nordeste.
Na cadeia
Na noite desta quarta-feira (20), o delegado Bruno Lima compartilhou em seu perfil no Instagram que o caçador que se exibe com o felino morto foi preso em flagrante. "A Polícia Civil do Estado do Maranhão, por meio da Delegacia de Polícia Civil de Arame, prendeu em flagrante o covarde que assassinou uma onça preta (ameaçada de extinção) em Arame. Parabéns aos policiais que atuaram neste caso, pela eficiência e pronta resposta", escreveu.
Vulnerabilidade
No Brasil, a população das onças vem registrando queda vertiginosa nos últimos anos. A espécie ainda é muito vulnerável, mas o status de avaliação muda conforme o bioma onde ela vive. E é justamente nas áreas de caatinga que a situação desse felino é mais delicada e onde ele está criticamente ameaçado de extinção. Na postagem, Richard incentiva os seguidores a denunciarem o crime e seus responsáveis ao Ibama, pelo telefone 0800 61 8080.
A onça-preta ou 'pantera negra' pertence à mesma espécie das onças-pintadas, com a diferença de apresentarem pelagem escura por conta de uma mutação genética, que faz delas felinos melânicos.
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