Major da reserva da PM é baleado na Pratinha, em Belém
Renivaldo da Silva Gonçalves, de 62 anos, foi atingido com um tiro na região do tórax e precisou ser socorrido
O major da reserva da Polícia Militar (PM), Renivaldo da Silva Gonçalves, de 62 anos, foi atingido com um tiro na região do tórax, por volta das 20h, desta segunda-feira (16), na esquina da rua John Engelhard com a São Vicente, no bairro da Pratinha, em Belém. Ele foi levado para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência. A informação é de que o estado de saúde era estável até o final da noite.
O comandante de Policiamento da Capital II, coronel Juniso Honorato, informou que uma viatura da Polícia Militar descobriu sobre um caminhão baú que estaria conduzindo um militar para o Hospital Metropolitano. Só depois, a corporação soube que se tratava do major da reserva, já há seis anos, Renivaldo Gonçalves.
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O ataque
Segundo detalhou o comandante de Policiamento da Capital II (CPC II), coronel Juniso Honorato, o major foi atacado no ponto em que costumava ir, toda segunda-feira, cobrar o aluguel de motos para mototaxistas.
"Ele foi baleado no local em que ele fazia a cobrança das motocicletas que ele alugava para mototaxistas. Toda segunda-feira ele vinha aqui neste lugar buscar o pagamento dele. Hoje estavam aguardando ele", afirmou o coronel, referindo-se aos homens que chegaram de moto e atiraram no major.
"Para gente foi uma surpresa, ninguém no batalhão nem no CPC, nenhum militar, nós não tínhamos conhecimento dessa atividade do major, (de aluguel de motocicleta). Nós soubemos isso, aqui, hoje", destacou o coronel Juniso.
Falta de cautela
Sete motocicletas foram recolhidas pela PM no local. Algumas delas eram do major. "Como a gente sabe que nesses últimos dias estão acontecendo vários ataques a agentes de segurança pública, então todos os policiais militares da ativa, estão bem cautelosos, só que a gente está vendo que os militares que estão na reserva há algum tempo. Eu penso que eles não estão tendo o devido cuidado e estão sendo vítimas desses atentados".
O coronel Juniso iniciou uma operação na área da Pratinha para colher possíveis informações que ajudem nas investigações do atentado contra o major. Agentes das Polícias Civil e Científica também estiveram no local do crime, periciado por peritos criminais, que buscavam vestígios de armas, por exemplo.
Clandestinidade
"Estamos retirando das ruas as motos irregulares. Nós vamos continuar com essa operação até que a gente tenha um norte de quem cometeu esse atentado. Eu ligo esse atentado aos ataques dirigidos aos agentes da segurança pública. Eu penso que não se trata de dívida com o negócio das motos. Os próprios clientes dele são pessoas que, provavelmente, têm envolvimento com o crime, são mototaxistas clandestinos. Devem ter repassado essa informação para os criminosos e ele se colocou nessa situação de vulnerabilidade aqui", afirmou o coronel Juniso.
Ele acrescentou que o local não é considerado uma área de alta incidência de crime, mas reconheceu que a área é de difícil acesso.
Mais morte de agente de segurança
Em 24 horas, o major Renivaldo é o segundo policial a sofrer tentativa de homicídio na Grande Belém. Por volta das 22h do último domingo (15), o agente prisional Clóvis Ferreira Moura foi morto a tiros no Conjunto Verdejante 1, próximo à unidade de saúde, no bairro Águas Lindas, em Ananindeua. A polícia informou que três ou quatro homens surpreenderam o profissional quando ele estava estacionando o carro na garagem de casa.
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