Idoso morre afogado após cair às margens do Rio Guamá, no bairro Jurunas, em Belém
Vítima morava em um barco sozinha e foi encontrada já sem vida por vizinhos
Um idoso foi encontrado morto às margens do Rio Guamá, no bairro do Jurunas, em Belém. O homem identificado pelo prenome de Davi tinha pouco mais de 70 anos e trabalhava de vigilante em um velho barco, local que também chamava de casa. Acostumado a beber no local sozinho ou acompanhado por amigos, o idoso morreu afogado, possivelmente durante a madrugada desta quinta-feira (10).
O rádio ligado, apesar de não estar sintonizado em nenhuma emissora de rádio, dá o tom de uma vida interrompida por uma fatalidade. As roupas estendidas no varal, bem como sapatos e outros itens pessoais, mostram um pouco da vida solitária do idoso, que não convivia com nenhum familiar. Os vizinhos, por muito tempo, foram o pequeno círculo mais próximo de amigos da vítima, que contava especialmente com a ajuda da dona de casa Maria Mendes da Costa, de 47, para os afazeres domésticos.
A vizinha conta que era ela a responsável por ajudar o velho homem a lavar as roupas e se alimentar no barco ancorado. Apelidada por Davi de "baiana", a mulher detalha que morava na vila Pureza, na avenida Bernardo Sayão, há pelo menos nove meses. Tempo em que o idoso já morava no espaço. Entretanto, ela não soube precisar há quanto tempo a vítima vivia no espaço.
"Ele bebia muito. Ontem fui levar o jantar dele umas 18h, ainda estava claro, e vi ele com duas 'pitchulas'. Até falei pra ele parar de beber. E ele me respondeu: 'ah, baiana, só vou beber hoje. Amanhã não bebo mais'. Parece que estava imaginando", conta a mulher. A vizinha detalha ainda que o barco tinha banheiro na lateral, com uma porta frouxa. "A gente acha que ele foi ao banheiro e acabou caindo", aponta.
O corpo do homem sem vida foi avistado por vizinhos, por volta das 9h, que o viram de bruços, caído nas margens do rio, cuja maré estava secando. Policiais militares estiveram no local e prenderam o homem com um corda até a chegada de peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC). O corpo foi removido pouco depois, por volta das 11h.
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