Idoso é encontrado morto e amarrado dentro de casa no bairro da Pedreira; suspeito saiu de bicicleta
A vítima ia completar 60 anos em dezembro e foi morto a facadas, sem chance de defesa
Edilson de Jesus, de 59 anos, foi encontrado amarrado e morto, na manhã desta segunda-feira (14), dentro da casa dele, em Belém. Ele morava na rua Nova, no bairro da Pedreira, ao lado de um açougue. Havia ainda um pano amarrado no pescoço dele e perfurações que apontam ferimentos por arma branca. Ainda não se sabe a motivação do crime. A Polícia Científica do Pará (PCP) chegou a confirmar que ele foi ferido por alguns golpes de faca.
Edilson, conhecido entre os moradores do bairro como 'Dilsom', era vendedor de bebidas em um carrinho na praça Eduardo Angelim e ia completar 60 anos de idade em dezembro. Ele morava sozinho com cinco cachorros e alguns gatos. Segundo os vizinhos, ele era benquisto por todos na área e nunca se envolvia em confusões ou tinha alguma inimizade.
Vizinhos contam que nesta segunda, por volta das 8h30, um primo de Dilson percebeu que a porta da casa dele estava aberta e achou estranho. Ele chamou um morador da área para comentar sobre o fato e os dois perceberam a movimentação estranha de um dos cinco cachorros que Dilson criava. O animal, chamado 'Pipoca', ia e vinha na porta latindo muito. O vizinho de Dilson entrou na casa para procurá-lo e foi quando se deparou com o corpo próximo à porta da sala.
"A gente chamou a polícia. O irmão dele já está na delegacia fazendo o boletim. A gente não sabe o que aconteceu, mas a gente sempre via ele levando um monte de gente para casa. A gente ainda dizia para ele que um dia isso ainda ia acabar mal. Porque ele era uma pessoa muito boa, não via maldade nas pessoas. Mas a gente ainda avisou ele", comenta a moradora de uma das casas próximas da de Dilson, contando que ele levava companhia para casa com frequência, depois de encerrar o expediente no carrinho de bebidas.
Vizinhos contam que o suspeito pode ter sido visto por testemunhas, saindo de bicicleta da casa da vítima mais cedo nesta manhã. Pelo menos duas câmeras de monitoramento na rua podem ajudar a Polícia Civil (PC) a identificar o suspeito do crime. O que foi apurado durante a perícia inicial é que o suspeito chegou, de fato, a levar a biclicleta da vítima e supostamente tentou levar também a televisão, que foi encontrada no meio do corredor. A suspeita é que Dilson viu o suspeito tentando roubar seus pertences e chegou a tentar impedir, momento em que possivelmente teria sido morto.
LEIA MAIS
Ao longo da manhã, peritos da Polícia Científica do Pará (PCP) fizeram análise do corpo no local. Inicialmente, eles tiveram dificuldade de realizar o trabalho porque um dos cinco cachorros que eram criados por Dilsom, o chamado 'Pipoca', estava desesperado e não deixava os peritos se aproximarem do corpo. Ao final um dos peritos confirmou que a vítima foi esfaqueada.
Durante todo o tempo, familiares da vítima estiveram no endereço, porém, não quiserem falar com a imprensa. Apenas os vizinhos relataram que Dilson era um homem calmo e que não tinha histórico de brigas ou confusões. Três moradores da área levantaram a suspeita de que o homem que matou Dilson tivesse se encontrado com ele na noite anterior, após o expediente no carrinho de bebidas. Porém, a família de Dilson nega essa hipótese e acredita que Dilson foi vítima de roubo seguido de morte. De toda forma, o que realmente aconteceu será esclarecido pela Divisão de Homicíos (DH) da PC, que agora investiga o caso.
Informações que possam ajudar na identificação e localização dos suspeitos de matar Edilson, o "Dilson", podem ser encaminhadas ao Disque-Denúncia (181). A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquer telefone. Também é possível mandar fotos, vídeos, áudios e localização para a atendente virtual Iara, pelo WhatsApp (91) 98115-9181. Em ambos os casos, não é necessário se identificar.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA