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Ex-marido acusado de feminicídio é solto após reviravolta do caso no Pará

O Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) decidiu pela soltura de Jeferson Costa Santos, acatando o pedido da defesa para a revogação da prisão temporária

O Liberal
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Jeferson Costa Santos, inicialmente apontado como mandante do assassinato de sua ex-mulher, Sandra Lima, de 41 anos, na cidade de Novo Progresso, no sudoeste do Pará, foi solto na última quinta-feira (27), após uma reviravolta no caso. O crime, ocorrido em novembro de 2024, teve uma nova linha de investigação depois que os verdadeiros responsáveis confessaram a autoria. O Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) decidiu pela soltura de Jeferson, acatando o pedido da defesa para a revogação da prisão temporária. A decisão judicial, que corre em segredo de justiça, se baseou na conclusão de que não havia provas suficientes para mantê-lo preso.

O desaparecimento de Sandra Lima aconteceu em novembro de 2024. O corpo da vítima só foi encontrado meses depois, às margens da BR-163, sendo identificado em março de 2025 por exame de DNA, com 90% de certeza, conforme informou o delegado responsável pelo caso.

Em janeiro de 2025, a Polícia Civil apontou Jeferson como o mandante do crime, acusando-o de contratar o pistoleiro Matheus de Vargas por R$ 2 mil para executar a ex-companheira. Jeferson foi preso em 17 de janeiro após as investigações apontarem seu suposto envolvimento. Além dele, um homem identificado apenas como Kenis, ligado a uma rifa beneficente para o Lar dos Idosos, também foi implicado, mas permaneceu foragido.

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Reviravolta nas investigações

A versão inicial, no entanto, caiu por terra após novas apurações. Segundo o jornal Folha do Progresso, no dia 25 de março, o delegado responsável revelou que as provas que incriminavam Jeferson eram, na verdade, uma armação arquitetada por Matheus de Vargas e Adiel, ex-namorado de uma das filhas de Sandra.

Os dois criminosos usaram o celular e o chip da vítima para forjar provas, manipulando depoimentos, incluindo mensagens enviadas pelos aparelhos das filhas de Sandra. Adiel, inclusive, chegou a se passar pela própria Sandra em mensagens enviadas a Jeferson, simulando uma ameaça de morte contra ele – tudo isso após a vítima já estar morta, no dia 16 de novembro de 2024.

Após a análise dos relatórios dos celulares e de aplicativos de mensagens, além de ouvir novas testemunhas, a polícia confrontou Matheus e Adiel, que confessaram que Jeferson não teve qualquer participação no crime.

Decisão judicial e liberdade

O Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) decidiu pela soltura de Jeferson Costa Santos, acatando o pedido da defesa para a revogação da prisão temporária. A decisão judicial, que corre em segredo de justiça, se baseou na conclusão de que não havia provas suficientes para manter Jeferson preso, já que as investigações demonstraram sua inocência.

Em nota ao jornal Folha do Progresso, a defesa de Jeferson afirmou que “O processo que apura a morte da senhora Sandra Lima corre em segredo de justiça, motivo pelo qual não podemos dar maiores detalhes. Quanto à soltura do Sr. Jefferson, o que se pode esclarecer, até que seja retirado o sigilo do processo, é que a justiça acatou o pedido da defesa para que a prisão temporária fosse revogada, uma vez que as investigações demonstraram não haver participação do Sr. Jefferson (nem como mandante e nem como executor) no assassinato da Sra. Sandra”.

Por meio de nota, a Polícia Civil do Pará informou que: “três homens confessaram o crime e foram presos por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, obstrução de provas e denunciação caluniosa”. “Os suspeitos estão à disposição da Justiça. O marido da vítima, que à época havia sido preso temporariamente, teve a prisão revogada pela Justiça a pedido da defesa dele, após os suspeitos confessarem que ele não tinha participação na morte da esposa, Sandra Maria dos Santos Lima. O caso segue em investigação pela delegacia de Novo Progresso”, diz um comunicado oficial da Polícia Civil enviado à reportagem do Grupo Liberal.

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