Empresário preso ao tentar matar a filha em Bragança havia agredido a esposa, diz defesa da vítima
O crime ocorreu no ano passado. Na época, medidas protetivas foram determinadas em favor da mãe de Bruna Miho Tsuchiya
A jovem Bruna Miho Tsuchiya, que foi vítima de uma tentativa de feminicídio por parte do próprio pai em Bragança, se pronunciou, mais uma vez, sobre o ocorrido. Em um comunicado assinado pelas advogadas de defesa da vítima, Bruna informou que o pronunciamento tem como objetivo “esclarecer os fatos e combater inverdades” acerca do episódio de violência vivenciado por ela na última quarta-feira (29).
O documento, publicado nas redes sociais da jovem, revela que o empresário Reinaldo Yasuyuki Tsuchiya, pai dela, já havia agredido a própria esposa (mãe de Bruna) no ano passado. Na época, medidas protetivas foram determinadas em favor da vítima.
“Infelizmente, não é de hoje que existem diversos (e graves) problemas no âmbito familiar da vítima, em virtude de conduta extremamente agressiva do investigado. No ano passado, após agredir a sua própria esposa, mãe de Bruna, física e verbalmente (fato comprovado por Boletim de Ocorrência e confirmado pelo próprio agressor), foi deferida medida protetiva no âmbito da Lei Maria da Penha, obrigando o agressor a manter distância de sua esposa. Momento em que o criminoso se retirou da residência da família”, diz o comunicado.
O documento também revela os esforços da mãe de Bruna para manter a paz e a estabilidade financeira da família. “Após o ocorrido, a mãe de Bruna, em uma tentativa de restabelecer a paz em seu seio familiar, realizou um acordo com o agressor, para dividir os lucros das empresas que pertencem à família, nomeando, através de procuração pública, sua filha mais velha, Bruna Tsuchiya, como representante legal de sua mãe, para receber a cota-parte de sua mãe e a pensão alimentícia de seus irmãos menores, uma vez que, o agressor não pode ter qualquer tipo de contato com a esposa ou se aproximar da residência da família”, acrescenta o comunicado.
Ainda conforme a publicação, representando a própria mãe, Bruna tinha uma rotina em relação à administração financeira familiar. “Desde então, mensalmente, no fechamento financeiro da empresa, a vítima ia até a mesma, para o recebimento de tais valores. Na manhã do dia 29/05/2024, por volta das 09h, a vítima fez tão somente o que fazia habitualmente: em nome de sua mãe, dirigir-se à empresa da família, para buscar os valores referentes a parte da mãe na empresa e a pensão de seus irmãos menores; esses valores sempre foram somente para custear as despesas da família”, detalha o documento.
“Importante frisar, ainda que de forma óbvia que, a vítima foi sozinha até a empresa, o que será comprovado pelas filmagens das câmeras existentes na empresa”, finaliza o texto assinado pelas advogadas Daniele Delgado e Katiane Barboza, que atuam na defesa de Bruna.
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