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Descarga elétrica: bombeira civil alerta para perigos e cuidados em casa

O cuidado redobrado evita acidentes graves com crianças e adultos

O Liberal
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O caso da criança de sete anos que sofreu uma descarga elétrica ao brincar perto de fios de alta tensão em casa, na cidade de Cametá, no nordeste do Pará, ganhou destaque na mídia. A situação levanta um alerta sobre os perigos que a eletricidade pode representar até mesmo dentro das residências. A bombeira civil Milena Assis, em entrevista ao O Liberal, destaca a importância da prevenção e do cuidado redobrado para evitar acidentes graves com crianças e adultos.

De acordo com a especialista, a falta de informação pode levar os pais a subestimarem os riscos dentro de casa. “Casos como o dessa menina acontecem diariamente, mas nem sempre são noticiados. Ela acabou sofrendo uma descarga elétrica porque estava brincando com um fio que seria de cobre e o jogou na rede elétrica. A casa dela é de dois andares, então, a parte da varanda fica bem próxima à fiação de alta tensão. O cuidado seria que ali, naquela parte, deveria ter uma tela onde a criança não tivesse contato direto com a fiação. Assim como ela jogou o fio, ela poderia ter colocado o cabo de vassoura ou qualquer outro objeto que também receberia uma descarga elétrica”, informou Milena.

A bombeira civil ressalta que o uso de calçados, mesmo dentro de casa, pode ser crucial para evitar descargas elétricas. “No caso da menina, estar descalça contribuiu para a gravidade do acidente. Uma simples sandália de borracha pode fazer a diferença.  Se ela tivesse calçada, a descarga talvez não teria atingido ela da forma que atingiu. Então, a gente também tem que observar muito isso nas crianças. Se puder andar dentro de casa com uma sandália, já evita muitos tipos de acidente”, destaca Milena Assis.

Segurança

Para evitar incidentes elétricos com crianças, Milena Assis enfatiza a importância da educação e da conscientização. “Não basta proibir, é preciso explicar os perigos. A criança precisa entender que a eletricidade pode ser fatal. As orientações que a gente, como bombeiro, sempre faz nas residências é explicar para a criança o cuidado que ela deve ter. Tem que informar a criança e dizer que, se ela tocar em determinados locais, vai levar um choque”, afirma.

Ela também sugere o uso de protetores de tomada, especialmente para os menores, como medida adicional de segurança. “Existem também uns protetores para as tomadas que as pessoas podem comprar nessas casas de materiais de construção. É importante colocar na casa justamente quando a criança é muito pequena, que ainda não tem entendimento. Pessoas com crianças de um ano, um ano e meio, é sempre importante ter esse tipo de protetor nas residências”, orienta a bombeira civil.

image Bombeira Civil Milena Assis (Foto: Arquivo Pessoal)

Cuidados

Em caso de acidente, a bombeira afirma que a primeira medida é desligar a fonte de energia. “É fundamental agir rápido, mas com segurança. Use calçados de borracha e verifique se a vítima está respirando. Independente de ser criança ou não, no momento do choque, eu tenho que desligar a condução imediatamente. Se a minha casa tem um registro, eu devo ir lá e desligar essa condução, porque eu também posso acabar sendo outra vítima e recebendo essa descarga elétrica”, diz Milena.

Ela também destaca a importância de remover objetos metálicos do corpo da vítima e encaminhá-la imediatamente ao hospital. “Às vezes, com o choque, as pessoas acabam ficando totalmente inchadas. Outra orientação que a gente sempre repassa é que a pessoa, quando toma um choque, tem que ter retirado do corpo todo tipo de objeto, seja pulseira, anel, colar, etc. Porque o corpo tende a inchar e aí acaba prendendo a circulação onde tem esses tipos de objeto. Depois, a vítima deve ser imediatamente encaminhada para um hospital”, explica Milena Assis.

A bombeira ainda alerta para o risco de queimaduras internas e externas, e para a importância de não oferecer água à vítima, para evitar complicações. “A pessoa tem que ser levada às pressas ao hospital porque as amígdalas acabam inchando, a língua também incha e a vítima pode acabar ficando sem oxigênio. Ou também sofrendo queimaduras. Jamais, em hipótese alguma, deve-se dar água para essa vítima. Mesmo que ela diga que está com sede, é proibido. Porque qualquer tipo de lesão, qualquer tipo de hemorragia que possa ter causado, se você der o líquido pode piorar”, encerra a bombeira civil.

O caso da criança em Cametá serve como um triste lembrete dos perigos da eletricidade. A prevenção, a educação e a ação rápida em caso de acidente são fundamentais para proteger as famílias.

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