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Corpo de juíza é deixado por juiz na Divisão de Homicídios em Belém; polícia investiga o caso

Monica Maria Andrade Figueiredo de Oliveira teria sido encontrada morta no estacionamento do prédio onde o casal residia. O companheiro dela, o juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior, foi quem levou o corpo à polícia

O Liberal
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corpo da juíza Monica Maria Andrade Figueiredo de Oliveira foi deixado, na manhã desta terça-feira (17), na Divisão de Homicídios da Polícia Civil de Belém, no bairro de São Brás. O companheiro dela, o também juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior, foi quem a levou. O corpo da juíza tinha um ferimento por arma de fogo.

Assista abaixo ao momento exato que o corpo da juíza Monica Andrade é removido da Divisão de Homicídios:

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Juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior contou detalhes sobre o momento em que encontrou a esposa morta dentro de um carro no estacionamento de um prédio

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No boletim de ocorrência, o juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior afirma que o caso ocorreu em um prédio residencial. Porém, a administração do condomínio afirma que não há registro de entrada ou saída do magistrado. Ele não moraria lá há mais de cinco anos.

Segundo fontes policiais ouvidas pela redação integrada de O Liberal, João Augusto Figueiredo disse, em sua versão preliminar dada à polícia, que a juíza Monica Andrade teria supostamente cometido suicídio dentro de um veículo pertencente ao juiz, na garagem do prédio onde ele reside, no edifício Rio Miño, em Nazaré. João mesmo dirigiu até a unidade policial. A versão dada pelo juíz ainda é investigada pela polícia.

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O juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior saiu da Divisão de Homicídios sem prestar qualquer declaração sobre o caso

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A informação foi confirmada à reportagem de O Liberal pela irmã da vítima, Divane Garcia. Ainda muito abalados, os familiares se reservaram para mais esclarecimentos

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Caso está sendo investigado pela Polícia Civil

Depoimento do juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior

O juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior prestou depoimento na própria Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Pará na manhã desta terça-feira. Segundo sua versão, ele e a magistrada Monica Maria Andrade Figueiredo de Oliveira tinham um relacionamento amoroso. Segundo apurou preliminarmente a redação integrada de O Liberal, a magistrada não mora em Belém e estaria passando alguns dias na cidade.

João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior é juiz titular da 1ª Vara da Infância e Juventude de Belém, ligada ao Tribunal de Justiça do Pará (TJ-PA).

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Mulher foi amarrada ao volante do próprio carro e morta à facadas

A Polícia Civil investiga o caso. A redação Integrada de O Liberal entrou em contato com Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA) e Associação dos Magistrados do Estado do Pará para ter posições e maiores informações sobre o ocorrido e aguarda um posicionamento. 

Quem era a juíza Mônica Maria de Andrade Figueiredo de Oliveira

Monica era natural do município de Barra de Santana, localizado na Região Metropolitana de Campina Grande, na Paraíba. Atualmente, residia em Campina Grande e, periodicamente, vinha ao Pará visitar o marido. Tinha dois filhos, um adulto e uma adolescente, do primeiro casamento. Ela casou-se em julho de 2021, com o também juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior, da 1ª Vara da Infância e da Juventude de Belém. Segundo um familiar da vítima, que concedeu entrevista com exclusividade à reportagem de O Liberal. A magistrada era uma "talentosa juíza, cheia de vida”, seus parentes estão abalados com a notícia de seu falecimento.

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Monica de Oliveira, 46 anos, deixou dois filhos, um adulto e uma adolescente, do primeiro casamento

Onde foi o local da morte da juíza Mônica Andrade

O juiz João Augusto declarou em depoimento registrado no Boletim de Ocorrência que encontrou o corpo da esposa dentro do carro dele, no estacioamento do Edifício Rio Miño, no bairro de Nazaré, em Belém. No entanto, Anderson Souza Alves, gerente do condomínio Rio Miño, afirma que o juiz João Augusto não mora no prédio há pelo menos cinco anos. E nunca viu ou ouviu falar da juíza Monica. Em entrevista por telefone à Redação Integrada de O Liberal, ele informou que conversou com os porteiros e moradores. Não houve nenhum registro de entrada ou saída de ambos, nem mesmo como convidados ou moradores. Também não houve qualquer ocorrência notada, como barulhos estranhos, brigas, muito menos o barulho de um tiro.

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No boletim de ocorrência, o juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior afirma que o caso ocorreu em um prédio residencial. Porém, a administração do condomínio afirma que não há registro de entrada ou saída do magistrado. Ele não moraria lá há mais de cinco anos.

No BO, além de apontar o residencial como local da morte da juíza Monica, o juiz deu esse endereço como o de residência dele. O administrador Anderson reforçou que desconhece que o magistrado ainda mantenha um apartamento no prédio. 

No entanto, os peritos contestaram o depoimento o juiz sobre local onde caso ocorreu. Após uma diligência no prédio, que foi informado pelo juiz João Augusto como endereço do casal e local onde ela teria morrido, a Polícia Científica do Pará afirmou que o local estava errado.

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Após uma diligência no prédio, que foi informado pelo juiz João Augusto como endereço do casal e local onde ela teria morrido, a Polícia Científica do Pará afirmou que o local estava errado

Foi suicídio? Veja o que pessoas e instituições ligadas ao caso falaram

O juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior afirmou que a esposa, a juíza Monica Andrade Figueiredo de Oliveira, de 47 anos, deu um tiro nela mesma. Ouça no vídeo abaixo:

 

Por outro lado, familiares da juíza Mônica Maria Andrade Figueiredo de Oliveira apontam que a magistrada pode, realmente, ter cometido suicídio. Uma das pessoas que reforça essa tese é Monique Andrade, uma sobrinha da juíza. A declaração foi feita momentos antes de o corpo da tia embarcar para a Paraíba, onde será sepultado.

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Declaração da sobrinha ocorreu após familiares verem os vídeos do circuito de segurança do prédio onde ela morava com o marido

Velório simbólico foi realizado em Belém

Um velório simbólico foi realizado para a juíza Mônica Andrade Figueiredo de Oliveira, na manhã desta quarta-feira (18), na Capela da Saudade, no bairro do Umarizal, em Belém.

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Celebração oficial será realizada na Paraíba

Relembre outros juízes mortos, tanto no Pará, como em outros estados do Brasil

Juiz encontrado morto no Pará

No sudoeste do Pará, o juiz substituto João Francisco Domingues Silva, da Vara de Medicilândia, foi encontrado morto, com uma perfuração de bala no rosto, no Fórum do município, no dia 19 de novembro de 2009. Ele estava dentro do gabinete, onde também foi encontrada uma arma. 

Juíza assassinada na véspera do Natal

image A juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, foi morta na frente das três filhas, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, no dia 24 de dezembro de 2020. (Reprodução)

A juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, foi morta na frente das três filhas, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, no dia 24 de dezembro de 2020. Ela foi assassinada pelo ex-marido, o engenheiro Paulo José Arronenzi.

De acordo com o laudo cadavérico e depoimento das testemunhas, a juíza foi esfaqueada, caiu no chão e o engenheiro continuou com os golpes. O crime ocorreu quando Viviane foi com as filhas encontrar o ex-marido. As meninas iam passar o Natal com o pai. Ele marcou um ponto de encontro em uma rua pouco movimentada do município. Quando Viviane saiu do carro, levou o primeiro golpe de faca. Ao todo foram 16 facadas e a juíza morreu na hora. A Justiça do Rio de Janeiro decidiu que o ex-marido iria a júri popular.

Assassinato de advogado mineiro no Pará

image Gabriel atuar na defesa de posseiros que lutavam pelas terras e famílias pobres vítimas de violação de direitos (Reprodução / Abrapo)

No dia 18 de julho de 1982, em Marabá, no sudeste Paraense, o advogado mineiro, Gabriel Sales Pimenta, foi morto com três tiros nas costas pelo pistoleiro Crescêncio Oliveira de Souza. O magistrado era defensor dos direitos dos trabalhadores rurais e humanos.

Anos mais tarde, três dos acusados de envolvimento no crime morreram, foram eles: o pistoleiro Antônio Vieira de Araújo, "Ouriçado" assassinado no dia 11 de maio de 1984, antes que prestasse novos esclarecimentos solicitados pelo Ministério Público; Crescêncio também foi morto em circunstâncias que indicavam a prática de "queima de arquivo"; outra pessoa assassinada foi o "Marinheiro", em 1º de agosto de 1999, em condições ainda não esclarecidas.

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