Conflito entre famílias na zona rural de Tomé-Açu termina com dois mortos

Um final de semana violento foi registrado em Tomé-Açu, nordeste paraense, com quatro mortes em dois dias. O primeiro caso foi no final da noite de sábado (13), quando duas pessoas morreram em uma confusão por causa de uma dívida, que evoluiu para um tiroteio tendo como envolvidos membros de duas famílias. Liduino Franquilo Lira Lima, de 58 anos, e Marcos Sérgio de Souza Lima, de 46 anos, foram os mortos a tiros na zona rural do município, na Vila Marupaúba.

Segundo a 14ª Companhia de Polícia Militar (CIPM), eles ficaram sabendo do caso pouco antes de meia-noite. Chegando na Vila, os PMs ficaram sabendo da história completa: um homem chamado Zé, dono de um bar, teria cobrado o valor em torno de 200 reais de um outro rapaz que o devia. O homem alegou que só tinha 100 reais no momento, e o dono do bar, indignado, deu um tapa na cara do devedor. 

O cliente também se revoltou com o ato de Zé e, puxando uma faca que trazia à cintura, atacou o dono do bar. Ele feriu o comerciante com a lâmina e saiu do local, indo para casa de parentes, onde relatou o que houve. Minutos depois, os parentes do homem que atacou o dono do bar voltaram ao estabelecimento e, portando armas de fogo caseiras, queriam consumar o homicídio que foi começado pelo outro. Contudo, o comerciante também chamou os reforços de parentes, que armados, foram ao local para participar de uma verdadeira batalha.

Chegando de motocicleta ao local, os parentes de Zé estariam armados com espingardas e um revólver, e nesse momento, começou a intensa troca de tiros. Ao todo, três pessoas foram feridas, sendo que duas - Liduino e Marcos - não resistiram aos ferimentos e morreram no local. Segundo que foi apurado pela PM ao fim da batalha, os tiros que mataram Marcos foram deflagrados pelo lado onde de ele estava no meio do tiroteio - ou seja, ele morreu por "fogo amigo".

Depois do confronto, os responsáveis pelas mortes - que seriam da mesma família - fugiram do local, em direção ao município de Mãe do Rio. Zé, o dono do bar, foi transferido para um hospital de Belém com ferimentos de faca, mas seu estado de saúde é estável. Segundo o comando da 14ª Companhia de Polícia Militar, até o momento, ninguém foi preso, mas a Polícia se concentra em localizar os responsáveis pois, como o conflito foi em uma comunidade pequena, ainda há o risco que mais mortes motivadas por vingança ocorram.