Ciclista tenta desviar de buraco e morre atropelado por motocicleta na Mário Covas
Pedro da Silva Castro, de 64 anos, estava de bicicleta quando foi atingido por um motociclista
O pedreiro Pedro da Silva Castro, de 64 anos, estava de bicicleta quando foi atingido por uma motocicleta e morreu atropelado por volta das 18h30, desta quarta-feira-feira (11), no bairro do Coqueiro, em Ananindeua, município da Região Metropolitana de Belém.
Chovia na hora do acidente, e transeuntes informaram à Polícia Militar, que Pedro tentou desviar de um buraco na pista e acabou atingido por uma motocicleta, que seguia logo atrás dele, no sentido da avenida Augusto Montenegro à avenida Independência. O atropelamento fatal ocorreu próximo ao conjunto residencial Satélite.
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O 2º Tenente Barata, do 24º Batalhão da Polícia Militar, informou que o motociclista atropelador, de prenome Marcelo, justificou que não teve tempo de desviar de Pedro, que, de repente, puxou a bicicleta para o meio da avenida Mário Covas.
"O motociclista também caiu e tinha escoriações nos braços e no rosto. Uma guarnição acompanhou ele até o Hospital Adventista de Belém, na avenida Almirante Barroso, para onde ele pediu para ser levado. Do hospital, ele será conduzido pelos policiais à Delegacia da Marambaia, que deve tomar as medidas legais cabíveis" afirmou o 2º Tenente Barata.
Vítima voltava do trabalho
O corpo de Pedro ficou estirado à direita da avenida Mário Covas sob forte chuva. Por vezes, tinha-se a impressão que água que acumulava na pista iria cobrir as pernas da vítima, coberta com um lençol. Familiares dele não demoraram a chegar, pois a família mora no bairro do Coqueiro, próximo do local. A companheira e um dos quatro filhos dele, Joelison Castro, de 37 anos, aguardaram em silêncio a chegada do serviço de perícia e remoção do Instituto Médico Legal.
"Ele tinha a casa dele e eu a minha, eu cheguei em casa agora e a vizinha foi logo me dando a notícia. Ele faria 65 anos dia 6 de junho, acho que era 65 sim, estou nervoso, não consigo lembrar direito, meu pai", disse o filho de Pedro, Joelison, de 37 anos, que trabalha como vendedor em uma loja. Ele não chorava, mas estava visivelmente abalado.
Buracos, falta de ciclofaixa, retorno e semáforos
"Todo santo dia tem acidente aqui. Todo, sem exagero. A Mário Covas não tem retorno, não tem uma ciclofaixa para os ciclistas. Não tem um radar para os caras baixar a velocidade, os caras passam aí pisando em cima. O que tem muito aqui é blitz para aplicar multa", afirmou José Maria, dono de uma padaria um pouco mais à frente do local do acidente.
Enquanto José Maria falava, os carros passavam, de fato, em certa velocidade, na pista ao lado, a do sentido contrário ao do acidente com Pedro Castro. Já na via em que tudo aconteceu, o trânsito ficou arrastado por causa da interdição do trecho em razão do corpo no asfalto, o que também motivou aglomeração de curiosos ainda estivesse chovendo forte.
Alguns motoristas e pedestres que passavam pelo local também reclamavam da constância de acidentes na avenida. Todos se queixavam da falta de ciclofaixa, e sobretudo das péssimas condições da pista, com excesso de buracos.
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