Ciclista morre após ser atingida por moto na avenida João Paulo II, em Ananindeua
A vítima era bastante conhecida em grupos de pedal e o quadro da bicicleta em que ela estava ficou destruída com o impacto
A ciclista Maria Sirleia Rodrigues Brasil, corretora de imóveis, 50 anos, morreu após ser atingida por uma motocicleta na noite de quinta-feira (15), na avenida João Paulo II, no bairro Guanabara, em Ananindeua. O acidente ocorreu quando Sirleia, que pedalava com outras pessoas, foi tentar atravessar a avenida. Ela seguia no sentido de quem vai para a BR-316 e queria retornar para o sentido de quem segue para o bairro de São Brás, em Belém. O local do acidente, próximo a uma das pontes de ferro da via, é mal sinalizado e pouco iluminado.
Segundo amigos de Sirleia, que estavam com ela no momento do acidente, a ciclista foi atingida em cheio por uma motocicleta, que estaria em alta velocidade. Com a força do impacto, Sirleia foi arremessada a aproximadamente 30 metros de distância, e sua bicicleta ficou completamente destruída. O motociclista, identificado como José Manoel Silva Barros, também sofreu ferimentos graves.
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Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegaram rapidamente ao local, mas, apesar das tentativas de reanimação, Sirleia não resistiu e morreu ali mesmo na avenida João Paulo II. José Manoel foi socorrido e encaminhado para um hospital particular em Belém, mas o estado de saúde dele não foi divulgado.
O corpo de Sirleia foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) em Belém e liberado para a família no final da manhã de sexta-feira (16). O velório da ciclista está previsto para acontecer a partir das 17h desta sexta-feira na residência da família, localizada no bairro Salles Jardins, em Castanhal.
O enterro será realizado no sábado (17), às 9h, no Cemitério do Apeú. Amigos da vítima organizaram uma homenagem e farão o trajeto Belém-Castanhal pedalando, saindo da capital por volta das 5h. Além disso, um ato em memória de Sirleia está programado para o mesmo dia, às 13h, na avenida João Paulo II, em frente ao Instituto Federal do Pará (IFPA).
Adalcinda Nery Damasceno, de 63 anos, que pedalava ao lado de Sirleia no momento do acidente, afirmou que o motociclista estava em alta velocidade. “Logo após a primeira ponte de ferro tem uma curva, chegando ao início da ciclovia. Quando a Sirleia foi atravessar, o motociclista, que estava em alta velocidade, a alcançou”, relatou a aposentada.
O grupo se preparava para um percurso de longas distâncias, conhecido como “longão”, que pode chegar a 300 quilômetros. Naquele dia, estavam treinando para uma viagem de 180 quilômetros até Tomé-Açu, trajeto no qual Sirleia participaria.
Nas redes sociais, o perfil “Bike Belém” lamentou a perda. “Que Deus conforte familiares e amigos em um momento tão difícil como esse de despedida inesperada. Nossos mais profundos sentimentos”, diz a publicação.
A Polícia Civil, por meio da Seccional da Marambaia, está investigando o caso. “Perícias foram solicitadas e testemunhas estão sendo ouvidas para auxiliar nas investigações”, informou a PC em comunicado à imprensa.
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