Caso Yasmin: reconstituição da morte da influencer será nos dias 12 e 13 de abril
Decisão foi definida na tarde desta sexta-feira (01/04), durante reunião na Divisão de Homicídios
Representantes da Polícia Civil, Polícia Científica do Pará (PCP) e os advogados dos envolvidos no caso da morte da influenciadora digital e estudante de Medicina Veterinária, Yasmin Fontes Cavaleiro de Macêdo, definiram, na tarde desta sexta-feira (1º), que a reconstituição do caso será feita nos dias 12 e 13 de abril. Uma reunião foi convocada, na sede da Divisão de Homicídios, no bairro de São Brás, em Belém, para tratar dos detalhes da reprodução simulada do passeio de lancha que terminou com a morte da jovem, no dia 12 de dezembro do ano passado.
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Cerca de 150 pessoas, entre suspeitos, testemunhas, órgãos de segurança e atores, divididos em subgrupos, devem participar da reprodução simulada, considerada a maior já realizada pela Polícia Civil do Pará, segundo o delegado Cláudio Galeno, responsável pelas investigações. Para a realização da reconstituição, a polícia e a Marinha do Brasil irão interditar trechos do rio Maguari, tanto pela água quanto pelo ar.
O delegado Galeno considera que a força-tarefa será uma “operação extremamente delicada que requer uma gama de recursos humanos e também de logística, para que a reprodução possa acontecer de uma maneira fidedigna aos fatos ocorridos naquele dia em que a Yasmin desapareceu”.
Galeno esclareceu que a reconstituição é um processo de responsabilidade da Polícia Científica do Pará, e somente esse órgão poderá determinar o prazo necessário para que a reprodução seja concluída. A partir disso, a Polícia Civil também terá condições de informar, com exatidão, a data em que o inquérito policial será finalizado.
“A reprodução é fundamental para nós, porque ela vai sanar algumas dúvidas que foram trazidas para dentro do inquérito policial, dúvidas essas que somente com esse ato pericial poderão ser respondidas”, afirmou o delegado Galeno.
De acordo com o advogado da família de Yasmin, Luiz Araújo, os advogados se comprometeram em apresentar, espontaneamente, as pessoas que foram intimadas pela Polícia Civil. “Foi uma reunião bastante proveitosa, as datas estão marcadas, toda a metodologia de como vai ocorrer já foi informada, todos os advogados já saíram com as suas devidas intimações, os peritos já disseram todos os horários. O próximo passo agora é aguardar e acompanhar todo o trabalho da perícia”, declarou Araújo.
Para ele, o grande objetivo da reconstituição “é esclarecer todos os fatos ou, na pior das hipóteses, saber se as testemunhas estão realmente falando a verdade, se aquilo que elas estão falando, cientificamente, pode ser comprovado ou não. A gente acredita fielmente que a reprodução vai esclarecer e tirar várias dúvidas das autoridades, para que elas possam vir a concluir o inquérito”, disse o advogado.
Suspeitos confirmam participação na reconstituição
O inquérito policial que investiga a morte de Yasmin considera que três participantes do passeio de lancha são suspeitos no caso, porque deram tiros para cima durante o passeio. Os advogados de defesa confirmaram que eles estarão presentes na reconstituição. O médico legista Euler Cunha foi um dos primeiros investigados que confirmou presença na reprodução. Segundo o advogado dele, o criminalista Marco Pina, Euler deve comparecer na próxima terça-feira (12), às 17h30, na marina particular de onde saiu a lancha em que Yasmin estava.
O proprietário e condutor da embarcação, Lucas Magalhães de Souza, também informou, através de seu advogado, Paulo Maia, que estará participando da reconstituição. “O Lucas jamais se recusou a participar ou contribuir com toda a investigação. A nossa expectativa é que a gente consiga, junto com a Polícia Civil do Pará, chegar à verdade real dos fatos. Nós queremos que essa verdade chegue o mais rápido possível, para que não reste dúvidas a ninguém sobre a inocência de todos aqueles que estavam ali presentes, uma vez que isso foi uma fatalidade, um triste acidente que ocorreu na morte da Yasmin”, declarou Maia.
Alexandre Paiva, que atua na defesa do suspeito Bruno Faganello, também informou que seu cliente vai participar da reconstituição.
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