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Caso Yasmin: Polícia segue com investigação para definir causa da morte de influencer

Jovem morreu na noite de 12 de dezembro, após desaparecer na água

O Liberal

A morte da influenciadora digital e estudante de medicina veterinária Yasmin Cavaleiro de Macêdo, de 21 anos, completou um mês nesta quarta-feira (12). Nesta semana, a polícia voltou a convocar as testemunhas para prestar depoimento, no intuito de esclarecer o caso, que permanece envolto em mistério e cujo inquérito agora entrou em sigilo de Justiça, intensificando ainda mais a restrição às informações levantadas até o momento. 

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Sigilo

Em contato com a reportagem, o delegado Claúdio Galeno, chefe da Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil do Pará, reforçou que o inquérito policial do caso Yasmin Cavaleiro de Macêdo segue em sigilo e que a DH não divulgou nenhum laudo cadavérico para a imprensa.

"Sexta-feira passada [07], a Justiça decretou sigilo judicial. Se nós passássemos qualquer informação, entraríamos num crime de responsabilidade. Reiteramos que o procedimento investigativo continua em sigilo. Além da Divisão de Homicídios não ter divulgado o laudo, consideramos inverídico que algum repórter tenha tido acesso ao laudo pela DH", comentou.

A Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR), que também investiga o caso, informou que ainda não há uma conclusão para os trabalhos. "O inquérito ainda está em andamento. Não há conclusão ainda", explicou na tarde desta quarta-feira (12), a assessoria da CPAOR.

Família convive com a angústia de incertezas  

Enquanto o inquérito policial ainda não foi concluído, a família de Yasmin segue na angústia para descobrir a causa da morte, conforme explicou o primo dela, Yuri Cavaleiro de Macêdo.  "A nossa expectativa é que a verdade seja esclarecida o quanto antes, porque ficar nessa dúvida, se foi fatalidade ou homicídio, é muito angustiante. Acreditamos muito na força policial que vem trabalhando no caso". Ele completou explicando que os familiares não tiveram acesso a nenhum laudo. "Nós não temos informações dos laudos justamente porque tudo está em segredo".

Na expectativa por respostas, a família convive com relatos desencontrados de algumas testemunhas. "Faz um mês que a Yas não está entre nós e o vazio é muito grande. Tudo que a gente sonhou junto não vai mais se realizar devido a uma situação que não temos uma explicação que consideramos fidedigna pela forma como os eventos ocorreram naquela noite", relatou Yuri.

"Fomos surpreendidos no meio da madrugada com áudios super frios de uma suposta amiga; tivemos que descobrir por conta própria a delegacia em que ele estavam prestando os primeiros esclarecimentos; as versões contraditórias; dentre outras situações que nos levam a acreditar que faltam elementos para narrar o que ocorreu de verdade naquele 12/12/2021. Um mês de dor. Um mês de luta. Um mês de polícia trabalhando pela #justiçaporyas", detalhou Yuri.

Histórico

Yasmin Macedo desapareceu na noite do dia 12 de dezembro durante um passeio de barco pelas águas do rio Maguari, em Belém, onde estavam outras 15 pessoas. A jovem teria sumido por volta de 22h30 em circunstâncias que ainda não foram alinhadas em virtude da divergência de informações prestadas pelas testemunhas convocadas a depor. A mãe de Yasmin, Eliene Cristina Fontes, declarou que há, pelo menos, três versões do que teria acontecido naquela noite, segundo pessoas que estavam na lancha.

O corpo da estudante foi encontrado às 12h40 de segunda-feira, dia 13 de dezembro, no distrito de Icoaraci, próximo a uma marina particular, a aproximadamente 11 metros de profundidade. A mãe da influencer declarou ter havido relatos de que Yasmin teria caído. Outro depoimento mencionou que a vítima teria usado a escada da embarcação para fazer xixi e acabou sumindo. Uma terceira versão dá conta de que ela teria mergulhado no rio e desparecido. Durante depoimentos recentes prestados por passageiros, a polícia descobriu que tiros foram disparados na lancha.

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