Caso Isabela: Polícia não tem previsão para concluir perícia em celulares
O desaparecimento da pequena Isabela Lima Mendes Amaral, de 10 anos, completa um mês no próximo sábado (11); ela sumiu no dia 11 de maio, em Marabá, no sudeste paraense, depois que sua mãe foi encontrada morta dentro da residência da família
Ademar Mendes, pai de Isabela Lima Mendes Amaral, de 10 anos, desaparecida desde 8 de maio, no município de Marabá, enviou um vídeo para a reportagem relatando a angústia que vive diante do sumiço da menina. Conforme já divulgado pela Polícia Civil de Marabá várias vezes, o caso veio à tona no dia 11 de maio, quando o corpo da mãe dela, Gleiciane Amaral, foi encontrado dentro da residência da família, já em estado de decomposição.
Existe a suspeita de que Eliezer Amaral, padrasto de Isabela, tenha alguma relação com o caso. Ele estava desaparecido há cerca de 20 dias quando o corpo de Gleiciane foi encontrado. Por volta das 13 horas desse mesmo dia (11/05), o corpo dele foi encontrado debaixo de uma carreta, na rotatória do Km 6, na Nova Marabá. Veja o relato do pai da menina:
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De acordo com o delegado Vinícius das Neves, superintendente de Polícia Civil do Sudeste do Pará, o celular do padrasto foi apreendido e está com senha.
"Foi encaminhado para a perícia para tirar a senha e ter acesso ao conteúdo. O aparelho da mãe da menina não foi encontrado. E o aparelho da Isabela foi recuperado pela polícia e está formatado. Também está sendo submetido a um trabalho de coleta de informações e perícia. Não tem prazo. É um trabalho técnico, demorado”, informou o delegado Vinícius das Neves.
Por esses motivos, explicou o delegado Vinícius, a polícia ainda não teve acesso aos conteúdos dos celulares. O policial civil destacou que não há, por enquanto, nenhum indício de que a mãe da pequena Isabela e a própria garota vinham sofrendo algum tipo de ameaça por parte do padrasto.
Enquanto aguarda o laudo da Polícia Científica do Pará (PCP), garante o delegado Vinícius, a Polícia Civil continua realizando o levantamento de informações que ajudem a elucidar o caso.
“A Polícia Civil, por meio do trabalho de coleta de informações, também está trabalhando nesse caso”, afirmou. Ainda de acordo com o delegado, não há nenhuma pista que possa indicar onde a menina está. “As pistas que a gente tinha dizem respeito às áreas que nós já vasculhamos, sem êxito. As buscas continuam suspensas, até que a gente tenha acesso ao conteúdo desses celulares e outras informações, para a gente delimitar nossos perímetros”, completou.
Relembre o caso
Tudo começou na manhã do último dia 11 de maio, quando o corpo de Gleiciane Amaral, mãe da menina desaparecida, foi encontrado, já em estado de decomposição, dentro de sua residência na Folha 16, Nova Marabá, onde morava com o companheiro e a filha. Colegas de trabalho de Eliezer Amaral – que é técnico eleitoral – foram procurar por ele em sua casa, uma vez que ele já estava há muitos dias sem ir ao trabalho. Ao entrarem no local, os colegas de Eliezer identificaram o cadáver de Gleiciane e acionaram as autoridades.
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De acordo com o cabo Marlyson, policial militar que atendeu a ocorrência, relataram que uma marreta foi encontrada na cena do crime. Apenas depois das investigações feitas pelo Instituto Médico Legal (IML) e pela Polícia Civil é que será possível determinar mais detalhes do que teria acontecido no local. A investigação aponta para um caso de feminicídio.
Eliezer Amaral estava desaparecido há cerca de 20 dias. Por volta das 13 horas, o corpo dele foi encontrado debaixo de uma carreta. O veículo e o cadáver estavam na rotatória do Km 6 (Nova Marabá). O homem era lotado no Fórum Eleitoral de Marabá.
Para ajudar a encontrar a menina
Quem tiver alguma informação sobre a localização de Isabela Lima Mendes Amaral, pode entrar em contato com o Disque Denúncia Sudeste do Pará via canais de atendimento: Telefone (94) 3312-3350; WhatsApp (94) 98198-3350; (94) 3312-335.
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