Cachorra vítima de maus-tratos é resgatada e tutor é preso, em Ananindeua
O animal era mantido amarrado, sem comida nem água e estava desnutrido. Homem terá audiência de custódia nesta sexta (8).
Uma cachorra de cerca de três a quatro anos, vítima de maus-tratos, foi resgatada, na tarde desta quinta-feira (7), no bairro do Curuçambá, em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém.
O resgate mobilizou uma equipe da Unidade Integrada de Polícia do Meio Ambiente (Dema) e a perícia da Polícia Científica. Enquanto o animal foi solto, o dono da cadela está detido e, nesta sexta-feira (8), será apresentado para o juiz competente, em audiência de custódia, que decidirá se ele responderá em liberdade ou se vai ser liberado com ou sem fiança.
A delegada da Dema, Adryana Magno, registrou a ocorrência e informou que a sua equipe recebeu a denúncia pelo Disque 181, e após também observou que havia vídeos nas redes sociais com imagens da cadela em sofrimento.
"Conseguimos reunir uma equipe técnica representantes de uma rede de proteção de animal e um perito da polícia científica chegamos no local e, de fato, o animal estava sem abrigo, ou seja, ele não tinha proteção de chuva nem de sol, não tinha comida nem água e estava em estado de desnutrição", contou a delegada Adryana.
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Ela informou que a cachorra também tinha pouco espaço para se locomover, pois o pedaço de corda colocado como coleira tinha cerca de meio metro. "A casa é simples e quando entramos no imóvel ainda encontramos mais três felinos, mas eles não estavam em grau severo de desnutrição como a cachorra", frisou a delegada.
O tutor, que não teve o nome divulgado, foi conduzido para a delegacia apesar da resistência dele. Adryana Magno contou que foi necessário explicar a situação para o homem, dando a entender que o homem não tinha consciência sobre o crime de maus tratos ao animal.
Ele responderá ao artigo 32, da Lei de Crimes Ambientais, que expressa como prática de ato de abuso ou maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. Este tipo de crime tem pena de detenção, de três meses a um ano, e multa.
O homem está detido e será apresentado, na manhã desta sexta-feira (8), ao juízo competente, em audiência de custódia que decidirá se ele responderá em liberdade ou se vai ser liberado com ou sem fiança.
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