Caçadores desaparecidos em reserva indígena: Polícia Federal e Funai iniciam buscas na região
Equipes já estão na reserva indígena Parakanã, a cerca de 30 quilômetros de Novo Repartimento, procurando pelos jovens Cosmo Ribeiro de Sousa, José Luís da Silva Teixeira e Wilian Santos Câmara
O desaparecimento dos caçadores Cosmo Ribeiro de Sousa, mais conhecido como "Manel", José Luís da Silva Teixeira e Wilian Santos Câmara continua sendo um mistério, no sudeste do Pará. Na última quinta-feira (28), a Justiça Federal autorizou a Polícia Federal (PF) a realizar buscas na área. Além da PF, as equipes da Força Nacional e Fundação Nacional do Índio (Funai) já estão no local.
Os três caçadores saíram, juntos, na tarde de domingo (24), para caçar na reserva indígena Parakanã, a 30 km de Novo Repartimento, no sudeste do Estado, e não retornaram. Até o momento, apenas as motocicletas e alguns pertences pessoais foram encontrados.
Na tentativa de localizar os homens e evitar possíveis conflitos na área, uma força-tarefa está sendo realizada pela Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Corpo de Bombeiros, Ministério Público Federal (MPF), Fundação Nacional do Índio (Funai) e Eletronorte, pois a empresa mantém um projeto na localidade. A Polícia Civil do Pará (PCPA) informou que, dentro de suas atribuições, presta apoio às investigações, que são de responsabilidade da PF, já que a reserva é de gestão federal.
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Como forma de protesto pelo desaparecimento, desde a última segunda-feira (25), familiares e amigos dos caçadores fecharam o quilômetro 285 da rodovia federal BR-230, mais conhecida como Transamazônica. A situação ficou bastante tensa na área. Na terça-feira (26), a PRF conseguiu negociar uma liberação parcial da pista. A cada três horas, a rodovia era desobstruída pelos manifestantes por um período de quinze minutos.
Na madrugada de quarta-feira (27), a rodovia ficou totalmente liberada da meia-noite às 5h e voltou a ser interditada após este período. Na quinta-feira (28), por volta das 20h, a rodovia foi totalmente liberada, não sendo mais interditada.
Entenda o caso
Os três jovens teriam saído para caçar na reserva indígena Parakanã e não retornaram. A suspeita das famílias dos caçadores é que os indígenas sejam os responsáveis pelo desaparecimento. Por conta disso, a situação ficou tensa durante as manifestações e precisou da mediação da Funai, informou o Ministério Público Federal (MPF), que também acompanha a situação.
Na segunda-feira (25), por conta própria, familiares dos jovens estiveram realizando buscas nas proximidades da reserva. Eles gravaram vídeos e compartilharam nas redes sociais para denunciar que os indígenas estariam dificultando as buscas, uma vez que não teriam deixado os parentes entrarem na reserva. Porém, na terça, informaram que foi liberada a entrada de um familiar de cada caçador para ajudar nas buscas.
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