Acusado na morte de PM é condenado pela Justiça a 32 anos de prisão; crime ocorreu em Outeiro
A pena foi aplicada por homicídio triplamente qualificado, furto da bolsa com pertences da vítima e formação de milícia
Rene da Silva Pinheiro foi condenado a 32 anos de prisão nesta quarta-feira (25) por envolvimento na morte do sargento Josevaldo Andrade da Silva, da Polícia Militar. A pena foi aplicada por homicídio triplamente qualificado, furto da bolsa com pertences da vítima e formação de milícia. O crime ocorreu no dia 14 de maio de 2019, na alameda Tropical, bairro de Água Boa, no distrito de Outeiro.
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Rene teria feito parte de um grupo de faccionados da “Família de Outeiro do Comando Vermelho”, ligado ao assassinado de Josevaldo e de mais outros 28 agentes de segurança.
O promotor da 4ª Promotoria de Justiça de Execuções Penais da Capital, contabilizou 40 atentados contra agentes há quatro anos. Rene fazia parte de um grupo de faccionados da “Família de Outeiro do Comando Vermelho”, ligado no assassinato de Josevaldo.
O réu é acusado de ser o “disciplina final”, dentro da pirâmide do Comando Vermelho. A polícia conseguiu descobrir o crime na época por interceptações telefônicas e em mensagens.
A acusação alegou que o crime foi a mando de Rene, que na época estava preso cumprido sentença condenatória por tráfico de drogas.
O defensor público sustentou que o réu não teria sido o autor do crime e que a polícia o apontou apenas por suspeita em grupo que fazia parte nas redes sociais. Durante interrogatório, Rene negou participação na morte do PM.
Os jurados reconheceram a responsabilidade criminal do réu, votando por maioria na condenação. O juiz doutor Claudio Hernandes Silva Lima, titula da 4ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca da Capital estabeleceu a sentença de mais de 30 anos em regime inicial fechado.
Após o veredito, Rene pediu ao juiz que o permitisse abraçar a mãe a irmã, por não as ter visto em quatro anos. O juiz autorizou o ato sob a supervisão dos policiais penais.
Outros condenados no homicídio de Josevaldo
Fernando Assis Cardoso Silva, Ricardo Barbosa Macedo e Marcilene do Socorro Barbosa Macedo também foram acusados de integrarem a facção criminosa.
No dia 9 de novembro do ano passado, Fernando foi condenado a 10 anos, 09 meses e 5 dias de prisão por homicídio simples e formação de milícia. Enquanto Marcilene e Ricardo foram sentenciados a 5 anos e 5 meses de reclusão pela prática de formação de milícia privada e organização paramilitar.
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