Acusado de mandar matar por dívida de droga, em Belém, é condenado a mais de 19 anos
Corpo da vítima foi encontrado em uma área de invasão próximo ao Parque Guajará, no Tapanã
Sob a presidência do juiz auxiliar Wanderson Ferreira Dias, auxiliar da 4ª Vara do Júri de Belém, jurados reconheceram que Leandro Pereira Fernandes, 42 anos, foi o mandante da morte de Gilson Silva da Silva, 19 anos.
Com base na decisão dos jurados, a pena aplicada ao réu, fixada em 19 anos e três meses de reclusão, será cumprida em regime inicial fechado. O crime ocorreu em 2017, no Tapanã.
Na sentença, divulgada nesta sexta-feira (4), o juiz negou o direito de apelar da condenação em liberdade, mantendo a prisão para cumprimento da sentença.
A decisão acolheu a acusação do promotor de justiça Samir Dahás Jorge, que sustentou a acusação em desfavor do acusado de ter ordenado a morte da vítima. A motivação do crime se deu em razão da vítima está praticando roubo na área, o que atrairia policiais, além de ter "rateado" e usado uma quantidade de droga, no valor de R$ 500, de propriedade de Leandro Fernandes.
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Estopim para o decreto de morte foi o roubo do celular de uma mulher
Conforme a acusação, o estopim para o decreto de morte da vítima foi o roubo de celular da mulher de um amigo do suposto líder do tráfico da área.
Em defesa do acusado, atuou o advogado Paulo de Tarso de Souza Pereira. Ele sustentou a tese de negativa de autoria. Em seus argumentos, o advogado requereu aos jurados considerarem não ter provas contra o réu e que as acusações imputadas foram prestadas em sede inquisitória.
Conforme as acusações, o réu teria dado ordem para Vander do Rosario Lima, apontado como executor do crime, que foi julgado e absolvido por falta de provas em júri anterior.
Compareceram para depor duas testemunhas: o delegado Carlos dos Santos e Sérgio Antônio dos Santos, investigador de polícia aposentado. Ambos declararam que os envolvidos confessaram a execução da vítima a mando do suposto líder do tráfico na área, porque a vítima estava devendo dinheiro de droga e também por ter roubado a mulher de um dos líderes da facção criminosa.
Em interrogatório, o acusado negou ter envolvimento com o crime, alegando que não conhecia nenhum dos supostos acusados de executarem o crime. O réu alegou também que não era proprietário de um terreno, por ser local de criação de porcos, e que nunca foi criador de porcos.
A denúncia relata que a polícia encontrou o corpo da vítima executado com várias perfurações de disparos de arma de fogo, numa área do bairro do Tapanã, em Belém. Conforme apurado pelas autoridades policiais, o local fica próximo de terreno de propriedade do réu.
Conforme relato de testemunhas ouvidas, a vítima foi levada por um mototaxista, de identidade desconhecida pela polícia, até o terreno conhecido por Chiqueiro, onde foi executado. Em seguida, o cadáver foi retirado do terreno e levado para o local onde foi posteriormente encontrado.
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