Verão 2024: veja cuidados para evitar problemas respiratórios e proteger a garganta nessa temporada

A médica Bárbara de Alencar, especialista em clínica médica, de Belém, alerta que esse período exige maior cuidado com a saúde

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Marcado por calor prolongado e altas temperaturas na maior parte dos dias, o período do “verão amazónico”, em julho, chama atenção para as doenças do sistema respiratório e irritação na garganta, que são ainda mais frequentes nesta época do ano, como apontam especialistas. Além do clima mais seco, a qualidade do ar e outros fatores influenciam o surgimento desses quadros. A médica Bárbara de Alencar, especialista em clínica médica, de Belém, alerta que essa temporada exige maior cuidado com a saúde.

Bárbara explica que, entre as principais doenças observadas nesta época do ano, estão as infecções das vias aéreas superiores, infecções virais, além de bronquite, faringite e amigdalite. Ainda de acordo com a médica, as doenças alérgicas respiratórias também têm maior incidência nesta temporada. “Como sintomas, os pacientes podem apresentar tosse prolongada, febre, cansaço, falta de ar e desconforto”, pontua.

“As crianças têm maior vulnerabilidade a essas doenças, mas os idosos também. No caso dos pequenos, eles têm um sistema imunológico ainda em desenvolvimento e maior contato com germes. Já os idosos têm um sistema imune mais débil e, geralmente, são acometidos por outras doenças, comorbidades e doenças crônicas. Então, esses extremos de idades, tanto crianças quanto idosos, merecem o nosso maior cuidado”, frisa Bárbara, que é médica da Hapclinica Batista Campos.

Cuidados

Para evitar esses problemas respiratórios, a médica lista algumas recomendações: “Manter uma hidratação adequada, beber bastante água, dar preferência a alimentos saudáveis, frescos e in natura. Além disso, evitar aglomerações, proteger-se do calor excessivo e evitar exposição prolongada ao sol. Evitar o tabagismo ou até mesmo ficar em ambientes próximos de pessoas que fumam, ou seja, evitar o fumo passivo. Lavar bem as mãos também é importante”, recomenda Bárbara.

Devido ao aumento da temperatura, muitas pessoas não dispensam o uso de ventilador e ar condicionado na tentativa de amenizar o calor. Contudo, a intensidade desses aparelhos pode causar certas complicações na garganta. Por isso, a médica destaca que alguns cuidados são necessários, como, por exemplo, a higienização e a manutenção adequada dos equipamentos.

“Deve-se manter as palhetas do ventilador sempre limpas e os filtros do ar condicionado higienizados para evitar o acúmulo de poeira, ácaros e fungos, diminuindo, com isso, o risco de alergias respiratórias. Em relação ao ar condicionado, devemos também ter outro cuidado, porque ele pode diminuir a umidade do ambiente, contribuindo para o ressecamento das vias aéreas e da garganta. Isso torna o ambiente mais propício à germinação de vírus e infeções”, alerta.

Choque térmico

Outro fator que merece atenção, segundo a médica, é a mudança brusca de ambiente e de temperatura, que pode ocasionar o choque térmico, favorecendo o desenvolvimento de viroses e quadros infecciosos na garganta. “Além de provocar a irritação das vias aéreas respiratórias, isso pode diminuir a imunidade, uma vez que o corpo vai tentar manter o equilíbrio térmico. Às vezes, abala um pouco a imunidade, contribuindo para infeções”, explica Bárbara.

“O cuidado com a chuva e com doenças respiratórias é importante porque, às vezes, podemos ter uma queda muito brusca da temperatura corporal. Outro fator é que a chuva traz um ambiente mais húmido, o que propicia a proliferação de vírus e bactérias. Devemos sempre ter cuidado com os extremos. Assim como uma temperatura muito seca promove o ressecamento das nossas vias aéreas respiratórias, a umidade excessiva também pode prejudicar”, relata a médica.

De acordo com Bárbara, o calor na praia também requer cuidado e atenção. A exposição excessiva ao sol pode afetar ainda mais os problemas respiratórios. Isso porque “aumenta o risco de desidratação, insolação e queimaduras de pele, podendo piorar com comorbidades já pré-existentes. Devemos ter cuidado com os extremos de idade, crianças e idosos”, finaliza.

Bebês

]Ainda em relação a doenças respiratórias, a Região Norte teve um aumento de mais de 19% nas internações de bebés por pneumonia, bronquite e bronquiolite em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) em 2023. No ano passado, foram 16.560 crianças internadas, contra 13.890 em 2022. Os dados são do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Em Belém, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informou que o número de internações de crianças (de zero a 11 meses e 29 dias de nascidas) por pneumonia, bronquite e bronquiolite foi de 960 em 2022, 699 em 2023 e 315 até maio de 2024. Já no Pará, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), em 2022, foram registradas 4.740 internações por essas doenças.

Ainda de acordo com a Sespa, em 2023, foram registradas 4.925 internações por pneumonia e 910 internações por bronquite aguda e bronquiolite aguda em crianças da mesma faixa etária. E até maio de 2024, foram registradas 1.795 internações por pneumonia e 343 por bronquite aguda e bronquiolite aguda, conforme o balanço da secretaria.

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