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Veja os cuidados para evitar escalpelamento em viagens de barco nas férias escolares e o que fazer

É possível solicitar gratuitamente o equipamento para cobrir o eixo do motor das embarcações e prevenir possíveis casos de escalpelamento, saiba como

O Liberal
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O registro de casos de escalpelamento no período de férias escolares, onde há o aumento no fluxo de pessoas em viagens de barco no Pará, é uma das preocupações da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Confira alguns cuidados a serem tomados para prevenir possíveis casos de escalpelamento e o que fazer em caso de acidente.

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image Instalação da proteção nos motores para evitar o escalpelamento (Foto: Sespa)

Como evitar casos de escalpelamento

A principal medida preventiva a ser tomada pelos donos de embarcação é cobrir o eixo do motor. A proteção é instalada gratuitamente pela Capitania dos Portos da Amazônia Oriental/Marinha do Brasil.

Quanto aos passageiros, adulto ou criança, as principais medidas são:

  • manter os cabelos totalmente presos em forma de coque e cobertos, de preferência, com boné, e não usar rabo de cavalo;
  • não tirar água do fundo do barco e nem se movimentar enquanto o motor estiver ligado;
  • não se abaixar para juntar moedas, prendedores de cabelo, brinquedos e outros objetos do fundo do barco;
  • ter cuidado com fraldas, lenços ou qualquer tecido que possa se enrolar no eixo do motor;
  • ter cuidado com o volante do motor, que é tão perigoso quando o eixo;
  • observar se o eixo está coberto;
  • sentar o mais longe possível desse equipamento.

Prevenção

Para combater o escalpelamento, há a distribuição de carenagens, feita pelos militares da Capitania dos Portos, responsável pelas ações de segurança naval nos rios do Pará. Entre as ações, também se destaca a colocação de proteção no eixo do motor, procedimento feito em parceria com a Sespa, que desde o ano de 2009, por meio de lei federal, tornou-se obrigatório.

Desde então, mais de seis mil embarcações receberam proteção nos eixos. A instalação não tem custo para o dono da embarcação. A medida reflete uma das consequências de 16 anos de campanhas preventivas, que contaram ainda com a adesão de grupos de mestres carpinteiros, que são responsáveis pela construção de pequenas e médias embarcações utilizadas como principal meio de transporte de quem vive nas áreas onde os rios, furos e igarapés são as únicas "estradas" disponíveis.

image Equipamento usado no motor para proteger o eixo e evitar escalpelamento. (Foto: Sespa)

Como pedir a proteção para o motor?

A cobertura do eixo do motor é gratuita e pode ser solicitada à Capitania dos Portos pelos telefones (91) 3218-3950 ou (91) 99114-9187.

O que fazer em caso de acidente

Em caso de acidente, a vítima deve receber os primeiros socorros no município ou no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, na Região Metropolitana de Belém, para estabilização do quadro clínico. Depois, será encaminhada à Fundação Santa Casa do Pará, em Belém, referência no atendimento a casos de escalpelamento.

Principais vítimas são mulheres e crianças

Segundo a Sespa, mulheres e crianças são as maiores vítimas e, geralmente, ficam com graves sequelas físicas e psicológicas. O escaplelamento ocorre quando os cabelos de uma pessoa se prendem ao eixo do motor, e a força da rotação arranca violentamente o couro cabeludo e algumas áreas do rosto, deixando cicatrizes e deformações permanentes. Provoca muitas dores e a intensa hemorragia pode levar à morte. Além de muito dolorido, o tratamento normalmente se estende por anos, causando traumas e sofrimentos para as vítimas e seus familiares.

Grande parte desses pacientes é procedente de 42 municípios localizados entre o Marajó e o oeste paraense. No primeiro semestre de 2024 já houve cinco ocorrências, sendo duas em Afuá e uma em Melgaço, os dois municípios do Marajó; e uma em Tailândia, nordeste paraense. 

A Coordenação Estadual de Saúde Indígena e Populações Tradicionais (Cesipt) está empenhada, juntamente à Sespa, para orientar a população sobre os cuidados. “Nessa época há uma circulação maior de pessoas navegando em barcos pelos rios do Pará. Ou seja, são alguns cuidados essenciais que devem ser tomados para que os acidentes não ocorram”, explicou a coordenadora estadual do Cesipt, Tatiany Peralta. Ela ainda cita que esse tipo de incidente é recorrente no Estado, cujas características geográficas contribuem para que a população utilize as embarcações como meio de transporte principal, sobretudo às proximidades de festas religiosas e períodos de férias escolares.

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