Urina preta: Óbidos registra três casos suspeitos e emite alerta
Recomendação é suspender, temporariamente, o consumo dos peixes pirapitinga, tambaqui e pacu
Três casos de doença da urina preta, nome vulgar da síndrome de Haff, estão sendo investigados pela Prefeitura Municipal de Óbidos. O alerta foi postado nas redes sociais da prefeitura, que recomenda a suspensão temporária do consumo dos peixes pirapitinga, tambaqui e pacu. Essas são algumas das espécies que mais costumam levar às contaminações. A doença, por enquanto, não tem cura e pode ser fatal. Desde o final do ano passado, o Pará não tinha alertas relacionados à doença, que fechou 2021 com 25 casos suspeitos, segundo levantamento da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa).
"O município de Óbidos, até o momento, registra 3 casos suspeitos e nenhum confirmado. Ressaltamos que os referidos casos seguem em processo de investigação epidemiológica e tão breve tenhamos um resultado, informaremos a população. Diante do risco de ocorrência em nosso município a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Divisão de Vigilância em Saúde, recomenda a não ingestão de pescado das espécies: pirapitinga (Piaractus brachypomus), tambaqui (Colossoma macropomum) e pacu (Piaractus mesopotamicus)", diz a nota.
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Estudos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), referência na pesquisa sobre a doença, apontam que a toxina também está relacionada a alguns crustáceos, como o camarão. Não há recomendação de suspensão do consumo, mas a prefeitura pede cautela e critério para escolher o alimento.
"A Vigilância em Saúde emite o presente alerta epidemiológico com o objetivo principal de avisar os profissionais de saúde da rede pública e privada quanto a identificação de notificação precoce, bem como o poder público municipal, quanto à necessidade de medidas preventivas cabíveis. Orientamos a população que caso apresentem sintomas como: fraqueza, dor muscular, dor de cabeça, dormência, urina escura, iniciados de 2 a 12 horas após o consumo de peixe, que busque imediatamente atendimento médico", conclui a nota da Prefeitura de Óbidos.
A Redação Integrada de O Liberal entrou em contato com Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) para comentar o assunto e aguarda retorno.
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