UFPA dará título de professora emérita a Zélia Amador de Deus

Honraria reconhece serviços prestados ao ensino, por direitos e políticas afirmativas

Redação integrada de O Liberal
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A professora e doutora Zélia Amador de Deus receberá da Universidade Federal do Pará (UFPA) o título de Professora Emérita da instituição. A honraria, proposta pelo reitor da universidade, Emmanuel Tourinho, foi aprovada por unanimidade nesta terça-feira (19) pelo Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFPA. 

Com várias contribuições nas áreas acadêmicas e de gestão da UFPA, Zélia Amador foi diretora do antigo Centro de Letras e Artes da UFPA (de 1989 a 1993), hoje desmembrado no Instituto de Letras e Comunicação (ILC) e Instituto de Ciências da Arte (ICA), e também coordenadora do Núcleo de Arte da UFPA (de 1997 a 2001), além de vice-reitora da UFPA, de 1993 a 1997. 

image Zélia Amador, o reitor Tourinho (centro) e o também professor Paes Loureiro (Ascom - UFPA)

Um dos grandes nomes da pesquisa brasileira


A professora foi também uma das fundadoras do Centro de Estudo e Defesa do Negro (Cedenpa) e é reconhecida por seu intenso trabalho nas  áreas de defesa dos direitos e de políticas afirmativas para negros, mulheres e populações tradicionais - bem como pela atuação na área cultural e nas artes, principalmente no teatro e na literatura. Hoje a professora Zélia está à frente da recém-criada Assessoria de Diversidade e Inclusão Social da UFPA.

image Zélia: contribuições profundas à pesquisa e políticas para negros e populações tradicionais (Ary Souza)

 

Professora da UFPA desde 1978 e formada na Licenciatura Plena em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Pará em 1974, mesmo ano em que completou seu curso de formação de ator, Zélia Amador tem mestrado em Estudo Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, em 2001) e concluiu seu doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará em 2008.

Zélia Amador integrou o Grupo Interministerial de Valorização da População Negra entre 1996 a 2001 e foi responsável pela implantação do Programa de Ação Afirmativa do Ministério do Desenvolvimento Agrário, o qual coordenou de 2001 a 2003. 

Integrante da Comissão Técnica Nacional de Diversidade para Assuntos Relacionados à Educação dos Afro-Brasileiros (Cadara), também é uma das fundadoras do Grupo de Estudos Afroamazônico da UFPA, criado em 2003, e é ex-presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN).

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