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Síndrome metabólica: entenda o perigo silencioso que afeta milhões de brasileiros

Especialistas alertam sobre os riscos e a importância da prevenção dessa condição, que pode levar a doenças graves

Jamille Marques | Especial em O Liberal
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A síndrome metabólica é um problema de saúde que atinge uma parcela significativa da população e aumenta consideravelmente o risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e outras complicações. Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), estima-se que entre 25% e 30% dos brasileiros adultos apresentam essa condição em algum grau.

O que é a síndrome metabólica?

De acordo com o Dr. Édson Sacramento, presidente da Sociedade Paraense de Cardiologia, a síndrome metabólica é caracterizada por um conjunto de fatores que, combinados, elevam os riscos de doenças graves. O diagnóstico é feito quando o paciente apresenta pelo menos três dos seguintes critérios: circunferência abdominal aumentada, triglicerídeos elevados, colesterol HDL baixo, pressão arterial elevada e glicemia de jejum elevada. “A obesidade central, caracterizada pelo acúmulo de gordura na região abdominal, é um dos principais indicadores da síndrome, sendo diagnosticada quando a circunferência abdominal ultrapassa 102 cm em homens e 88 cm em mulheres. Os níveis elevados de triglicerídeos, acima de 150 mg/dL, também são um fator de risco, assim como a necessidade do uso de medicamentos para controlar essa condição”, explica o médico. Ele ressalta que o principal fator de risco para o desenvolvimento da síndrome metabólica é o estilo de vida inadequado, incluindo alimentação não saudável, sedentarismo e predisposição genética.

Tratamento e prevenção

De acordo com o médico, “o acompanhamento médico é essencial para definir a melhor abordagem terapêutica para cada paciente. No entanto, a base do tratamento envolve mudanças significativas no estilo de vida, como a adoção de uma alimentação equilibrada, a prática regular de atividades físicas, o controle do peso corporal e a redução do consumo excessivo de álcool e cigarro. Além disso, é fundamental monitorar frequentemente os níveis de pressão arterial, glicemia e colesterol.

Em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser necessário para controlar fatores de risco, como diabetes, hipertensão e dislipidemia. “O tratamento deve ser individualizado e focado na reversão dos fatores de risco. Pequenas mudanças no dia a dia podem fazer uma grande diferença na saúde do paciente”, destaca o Dr. Édson Sacramento.

A relação entre alimentação e saúde

A alimentação desempenha um papel fundamental tanto na prevenção quanto no agravamento da síndrome metabólica. Nesse contexto, a escolha dos alimentos consumidos fora de casa se torna uma preocupação para muitas pessoas.

O militar Kleber Rodrigues, de 38 anos, afirma que sempre avalia a qualidade dos locais onde se alimenta. Ele e sua família priorizam estabelecimentos bem organizados e limpos, pesquisando no Instagram antes de decidir onde comer. Durante os fins de semana, costumam frequentar restaurantes próximos de casa para evitar deslocamentos longos. “Além da higiene, o atendimento é um fator determinante na escolha do restaurante. Prefiro lugares onde sei que serei bem tratado e que tenham um ambiente agradável”, relata.

image Kleber Rodrigues, 38 anos, Militar ao lado da esposa Biene Rodrigues e das filhas Helena e Alice. (Foto: Igor Mota | O Liberal)

Já a professora aposentada Célia Pinto, de 75 anos, tem ainda mais cuidado com a alimentação devido à idade. Ela conta que sempre busca indicações de amigos antes de experimentar um novo restaurante e, há anos, frequenta os mesmos estabelecimentos para tomar café da manhã. “A higiene é o primeiro critério que observo ao escolher um local para comer. Como estou mais velha, preciso ter um cuidado redobrado”, destaca. Desde a aposentadoria, ela passou a fazer refeições fora de casa com mais frequência, mas sempre em locais de confiança. “Acredito que uma alimentação adequada é essencial para a saúde, principalmente na terceira idade”, conclui.

image Dona Célia Pinto, de 75 anos, Professora Aposentada ao lado da Nora (Foto: Igor Mota | O Liberal)

O perigo silencioso e a importância da conscientização

Segundo o médico especialista, a síndrome metabólica é considerada um problema de saúde pública devido à sua alta predominância aos riscos que representa. Por ser uma condição silenciosa, muitas pessoas só descobrem que têm a síndrome após o surgimento de complicações. 

Por isso, ele reforça a importância de exames regulares, hábitos saudáveis e escolhas alimentares adequadas para prevenir a condição. “Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, maiores as chances de controle e reversão dos fatores de risco”, explica o Dr. Édson Sacramento. Pequenas mudanças na rotina podem garantir mais qualidade de vida e prevenir doenças graves no futuro.

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