Professor de biologia, de Castanhal, troca a sala de aula pelo empreendedorismo

O ramo escolhido foi o da gastronomia e para montar o empreendimento, Hector Lima, teve a ajuda dos pais e até de amigos

Patrícia Baía
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Em 2017 quando o professor de biologia, Hector Lima, de 27 anos, conquistou a graduação se deparou com a dificuldade de muitos brasileiros que é a de conseguir emprego.

“Essa dificuldade me fez aprender a confeitar. Comecei a aprender pelo you tube mesmo e abri meu primeiro pequeno negócio de comidas típicas e as encomendas de bolo. Até que em 2018 consegui o meu primeiro emprego em um colégio particular, mas continuei com as encomendas de bolo nos finais de semana”, relembrou Hector Lima.

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Em 2020 com a pandemia veio mais uma vez o desemprego.

“A escola foi diminuindo a carga horária até que parei tudo e fui viver só da confeitaria, entregando bolo, montando kit festa”, disse.

Dois anos depois conseguiu voltar trabalhar com a carteira assinada, mas mesmo assim não deixou de empreender. E sempre no ramo da gastronomia. Montou uma cafeteria.

Há um ano, o professor decidiu que o empreendedorismo é mesmo o seu principal foco mesmo gostando de atuar nas salas de aula.

“Ser professor não é fácil, mas é também a minha profissão. Porém empreender é também algo que eu gosto e me identifico. Estou estudando muito para concursos, pois é preciso ter estabilidade financeira que só um concursado consegue e mesmo assim não vou parar se ser um empreendedor”, observou o professor de biologia.

Hector procurou o diferencial para montar um restaurante. “Percebi que em Castanhal não tinha um bom local de venda de comidas típicas. A cidade por ter tradição nordestina tem bastante restaurante de espetinho com baião de dois. De comida tradicional paraense tinha bastante carência”, contou.

Nasceu então o Vilarejo. Nome inspirado em uma música da Marisa Monte. A decoração também é diferenciada. O Vilarejo tem toques de muita simplicidade que remetem a casa de vó, como ele mesmo explica.

“Tem o aconchego da casa da minha vó. Casa de interior. Coloquei também elementos que misturam a simplicidade dos nordestinos com símbolos paraenses como a Nossa Senhora de Nazaré, cheiro do Pará e outras coisas”, explicou o empreendedor.

Para montar o empreendimento, Hector teve a ajuda dos pais e até de amigos. O valor inicial foi de cerca de 15 mil reais.

“Todos ajudaram a realizar o sonho de empreender. Meus pais e amigos me deram muita força para abrir o restaurante que tem um cardápio variado de comidas típicas”, contou.

O dia a dia do empreendedor começa cedo. Grande parte dos insumos são comprados direto dos produtores da agricultura familiar.

“As 6h da manhã já estou na feira do agricultor escolhendo os melhores produtos. Depois tem supermercado e o preparo. Eu faço questão de estar presente em todas as fases do processo até na hora do prato chegar à mesa do cliente. Tenho muito orgulho de tudo. Hoje emprego cinco pessoas no meu empreendimento”, contou Hector Lima.

 

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