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Prêmio Goldman: Alessandra Munduruku é premiada pelo incentivo à luta dos povos indígenas

Ela recebe a premiação nos Estados Unidos, nesta segunda (24)

O Liberal

A luta para defender o território de seu povo diante das ações da mineradora britânica Anglo American, interessada em pesquisar cobre em terras indígenas (TI) no Pará e no Mato Grosso, rendeu à liderança indígena Alessandra Korap Munduruku, de 38 anos, a indicação para o Prêmio Goldman de Meio Ambiente. A cerimônia de entrega será realizada na noite desta segunda-feira (24), na Cidade de San Francisco, nos Estados Unidos. O prêmio é concedido pela Fundação Goldman, que reconhece a ação de ativistas ambientais na Terra. 

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Em maio de 2021, por causa da campanha Munduruku, a mineradora decidiu não mais encaminhar 27 requerimentos já aprovados por autoridades para a execução de suas ações em terras indígenas, incluindo o território Sawré Muybu, onde vive Alessandra Munduruku, no sudoeste do Pará.

Essas terras, lar do Povo Munduruku, abrigam mais de 160 mil hectares de floresta tropical. Por isso, a Fundação Goldman entende que o episódio da bem-sucedida campanha de Alessandra representa uma mudança significativa na tomada de responsabilidade do setor privado e a mineração destrutiva no Brasil. 

image Liderança indígena Alessandra Munduruku recebe Prêmio Goldman (Goldman Environmental Prize / Divulgação)

A atuação de Alessandra pela causa indígena já havia sido reconhecida em 2020 com o Prêmio Robert F. Kennedy de Direitos Humanos, também nos EUA.

Mobilização

Ainda nesta segunda-feira, Alessandra Munduruku externou, nas redes sociais, "a honra de estar ao lado do povo que luta em defesa do território, povo que resiste mais de 523 anos; hoje, queria estar no Acampamento Terra Livre (Futuro indígena é Hoje sem demarcação não há democracia) @apiboficial @coiabamazonia @fepipa_oficial @coletivodajekapapeypi @coletivowakoborun e muitos coletivos que estão juntos com todos os povos que estão cantando, pintando e guerreando com as flechas ou com canetas sempre pisando no chão". Ela se referiu à mobilização de povos indígenas em Brasília (DF) para pressionar o Governo Federal pela demarcação de terras indígenas.

"Parabéns a quem chegou até Brasília para se unir a outros povos. Mas, agora, estou em São Francisco para receber o prêmio pelo reconhecimento da luta. Derrotamos a mineradora britânica Anglo American; muita gente falava: porque que vocês não recebem o dinheiro que eles vão oferecer? Vocês iam ter tudo; só que para nós, o povo, é mais importante a vida dos nossos filhos, do rio e da floresta; não tinha dinheiro que poderia vender os nossos filhos e nosso povo; agora esse reconhecimento é para todos que defendem o território, as águas e a floresta; estou com mais 5 ganhadores que também lutam seu povo e seus rios", enfatizou Alessandra.

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