​Praia do Atalaia sofre com sujeira e poluição sonora de ‘paredões’

O cenário de sujeira continua chamando a atenção de moradores e turistas, que compartilharam nas redes sociais diversos vídeos mostrando a extensa faixa de areia repleta de garrafas de vidro e outros tipos de resíduos neste domingo

O Liberal
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Após um evento privado realizado no domingo (14), a praia do Atalaia, em Salinopólis​, nordeste do Pará, amanheceu nesta segunda-feira (15) coberta de lixo, provocando indignação entre moradores e turistas. A conhecida faixa de areia, popular destino durante as férias escolares, foi tomada por garrafas de vidro, plásticos e outros resíduos, conforme registrado em diversos vídeos compartilhados nas redes sociais. A sujeira deixada pelos frequentadores não foi o único problema. A poluição sonora causada pelos “paredões” de som também gerou críticas.

Nas redes sociais, vários comentários reprovaram a falta de cuidado com o meio ambiente e o desrespeito pelo sossego público. As críticas foram direcionadas tanto aos frequentadores quanto aos donos dos “paredões”, responsáveis por transformar a praia em um local barulhento e poluído, principalmente durante a madrugada.

A Prefeitura de Salinopólis e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas-PA) tomaram conhecimento do ocorrido e se manifestaram sobre as medidas adotadas para conter esse tipo de problema rotineiro.

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O que diz a prefeitura?

Em nota, a Prefeitura de Salinopólis destacou que a Secretaria de Limpeza Urbana vem intensificando os esforços de limpeza em todo o município, incluindo a praia do Atalaia, aumentando o contingente de trabalhadores e equipamentos durante esta época. “Estamos realizando a coleta de entulhos e lixos domésticos durante todos os dias da semana e na limpeza da praia com um total de 30 funcionários, 04 máquinas e 08 caçambas, iniciando as 05h e concluindo as 08h”, afirmou o comunicado.

O que diz a Semas-PA?

Por sua vez, a Semas-PA informou que ações conjuntas estão sendo realizadas entre a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Salinópolis (SEMMA Salinópolis), a Divisão Especializada de Meio Ambiente e Proteção Animal (DEMAPA/PC) e a própria Semas-PA.

“Essas ações visam a sensibilização e fiscalização sobre a proibição da utilização de garrafas de vidro na faixa de areia da praia. Durante o último final de semana, foram emitidos cinco Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO) pela DEMAPA/PC e lavrados cinco autos de infração pela SEMMA Salinópolis a barraqueiros que estavam vendendo bebidas em vasilhames de vidro”, informou o órgão.

Para a titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Salinopólis, Jéssica Matos, o público que frequenta a praia durante a madrugada é o principal responsável pela sujeira e falta de consciência em relação ao grave problema. Para a secretária, durante o dia a maioria dos veranistas está respeitando as leis.

“Nossas ações durante o dia tiveram um efeito positivo. Boa parte dos veranistas encontra-se ciente sobre a lei estadual e o decreto municipal acerca da proibição do uso das garrafas. Porém, ainda há problemas quanto ao público que frequenta a praia de madrugada, esses não têm o mínimo de responsabilidade com seus resíduos, causando transtornos para o ambiente e para as pessoas que frequentam a Praia do Atalaia”, explicou Jéssica Matos, Secretária Municipal de Meio Ambiente de Salinopólis.

Ela acrescentou que, para o próximo final de semana, a perspectiva é de estender a fiscalização para a parte da noite com o apoio da Polícia Militar.

Repercussão negativa

A situação na Praia do Atalaia destaca um problema recorrente durante a alta temporada, quando milhares de veranistas visitam Salinopólis. Apesar das medidas de fiscalização e limpeza adotadas pelas autoridades, as secretarias destacam que a colaboração dos frequentadores é fundamental para manter as praias limpas e preservar o meio ambiente. Nas redes sociais, muitos moradores criticaram os veranistas e até mesmo a organização deste tipo de eventos.

“Aí querem culpar os barraqueiros da praia. Sendo que estamos proibidos de vender garrafas de vidro. Tá aí para mostrar os verdadeiros culpados”, opinou Tiago Enrique.

“Tem que multar a empresa organizadora do evento”, disse a internauta Arlete Braz em uma das publicações que mostram o cenário pela manhã.

“Enquanto não proibirem a entrada de carros na praia e multar o povo que joga lixo na praia, sempre vai ser isso. Infelizmente...”, disse Anderson Patrick.

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