Polinização de palmeiras na floresta amazônica gera R$ 706 milhões por ano
Pesquisa aponta a importância de proteger o processo de polinização para a economia local
Um estudo realizado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), em parceria com o Instituto Tecnológico Vale (ITV), identificou o impacto da polinização de palmeiras na economia local. O processo realizado por besouros e abelhas beneficia importantes culturas na região, pois é essencial para garantir a produção de frutos de palmeiras como o açaí. Segundo o levantamento, este processo gera R$706 milhões por ano, uma estimativa feita a partir de dados do Censo Agropecuário de 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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O açaí corresponde a 92% do valor associado a polinização, sendo uma das culturas mais presentes no estado, com 79% de presença na produção agrícola do Pará. Os dados do estudo apontam outras culturas como a produção de Palma sendo beneficiadas por este processo. A pesquisa reforça a necessidade de preservação dos agentes polinizadores e consequentemente da manutenção da floresta.
A pesquisadora do ITV, Tereza Cristina Giannini e, uma das autoras do estudo, destaca também a importância econômica dessa preservação. “As palmeiras são muito importantes para as comunidades tradicionais que, muitas vezes, são extrativistas, ou seja, entram na floresta e coletam frutos, fibras e amêndoas. Os polinizadores têm uma importância econômica muito grande, e é mais fácil compreender esses serviços prestados principalmente por insetos para a produção de alimentos a partir de cifras monetárias”.
“Existe um ciclo de dependência entre as pessoas e a floresta que, por sua vez, depende de polinizadores para continuar existindo”. A fala do coautor da pesquisa, William de Oliveira Sabino, orienta o caminho para as ações de conservação do processo de polinização. Para Sabino, “aquilo que afeta o habitat natural dos animais pode afetar, consequentemente, a produção agrícola”.
com informações da Vale
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