Polícia Federal investiga tráfico e contrabando no Pará e em mais 9 estados
As operações Catrapo e The Fallen tiveram mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal
O Pará foi alvo de mandados de busca e apreensão na operação Catrapo, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (6), junto com outros nove estados: Mato Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Amazonas, Paraná, Rondônia e Tocantins. Em simultâneo, a operação The Fallen cumpriu ordens em Pernambuco, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Bahia. O objetivo é a desarticulação de organizações criminosas responsáveis por tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e contrabando.
O grupo investigado tinha como líder um ex-major da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul, centro-oeste brasileiro, que foi preso no último mês em ação de cooperação policial internacional.
No total, a Operação Catrapo cumpriu 28 mandados de busca e apreensão, além de 13 mandados de prisão temporária, expedidos pela 5ª Seção Judiciária do Mato Grosso. As investigações apontaram que a organização criminosa se utilizava de aviões para transportar cocaína adquirida no Peru e na Bolívia para a Europa. O estado do Mato Grosso era o ponto de partida. A PF interceptou duas toneladas de drogas e identificou R$ 40 milhões de patrimônio durante a apuração.
Já a Operação The Fallen cumpre 21 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, despachados pela Justiça Federal em Pernambuco.
Investigações
As investigações tiveram início em 2020, após a importação suspeita de peças de aeronaves portuguesas por uma empresa de Recife, capital de Pernambuco, que as introduziu no país pelo porto de Itajaí, cidade de Santa Catarina. Após apurações conjuntas entre a PF, a Receita Federal e a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), foi constatado um esquema de contrabando de peças de aeronaves para o país para a utilização por narcotraficantes em atuação na fronteira.
A PF ainda apura a estratégia de lavagem de dinheiro montada pelo grupo criminoso, que utilizava empresas de fachada para movimentar valores no território nacional. Além disso, eram usadas empresas com sede no exterior para facilitar a compra de aeronaves fora do Brasil, as quais serviam à organização criminosa investigada e também eram cedidas para outros grupos criminosos
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