Parque atingido por incêndio em Monte Alegre é unidade de conservação natural
O Pema é a primeira Unidade de Conservação criada em parceria com os moradores locais
O Parque Estadual Monte Alegre (Pema), atingido por um incêndio que iniciou no sábado (5) e foi controlado na segunda-feira (7), é classificado na categoria de Proteção Integral. É a primeira Unidade de Conservação criada com a participação da sociedade local, por meio da Lei Estadual n° 6.412, de 09 de novembro de 2001. O Parque está inserido na Área de Proteção Ambiental (APA) Paytuna, no município de Monte Alegre, no oeste paraense, distante cerca de 3h30 de Santarém, em percurso feito por balsa.
A Unidade de Conservação foi criada para preservar os ecossistemas naturais de grande relevância ecológica. Isso possibilita a realização de pesquisas científicas e de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação e contato com a natureza, e de turismo ecológico. O Plano de Manejo do Pema, principal instrumento de gestão, foi entregue e aprovado em 22 de novembro de 2010, por meio da Portaria nº 3.553.
A região de Monte Alegre sempre foi conhecida, em termos arqueológicos, pelas pinturas rupestres existentes no conjunto de serras. Já foram cadastrados 26 sítios arqueológicos, dos quais 15 estão dentro dos limites do Pema, e todos apresentam pinturas rupestres. Essa riqueza arqueológica tornou-se mundialmente conhecida a partir de 1848, quando o naturalista inglês Alfred Wallace percorreu a região e visitou os vários locais onde está esse patrimônio histórico.
Antiguidade
Entre os anos de 1991 e 1992, a arqueóloga Anna Roosevelt escavou o sítio Gruta do Pilão – que ela chamou de Gruta da Pedra Pintada. O resultado desta pesquisa revelou datas surpreendentes, de mais de 11 mil anos, o que demonstra a antiguidade da ocupação humana e da arte rupestre na região.
Localizado na extremidade sudoeste da Serra do Ererê, o sítio arqueológico Serra da Lua chama a atenção por suas pinturas policromáticas impressas em paredões que se estendem por mais de 200 metros a céu aberto. Destaca-se entre as pinturas um grande círculo, com um metro de diâmetro, pintado nas cores amarelo e vermelho, que inspirou a denominação da serra.
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