Paralisação na BR-163 por indígenas já afeta setor de grãos, diz Abiove
Segundo a entidade, a interrupção do tráfego na rodovia está inviabilizando o transporte da produção

"Nós vamos ficar no protesto, fechar a BR o dia todo, a noite toda; nós não temos dia para liberar, só quando aprovar o nosso questionamento (reivindicações), aprovar nosso PBA, que é Plano Básico Ambiental; então, a Funai renovando o nosso PBA, liberamos, mas enquanto não liberar, nós vamos ficar aqui até o tempo que der". A declaração foi feita por Mydjere Kayapó Mekrãgnoti, uma das lideranças do movimento que mantém o bloqueio do km 302 da BR-163.
Os protestos que vem sendo feitos desde a segunda-feira, já afetam o setor de grãos por impedir o transporte de lotes de produção rumo ao Arco Norte, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) nesta quinta-feira.
Segundo comunicado da entidade, os estoques do complexo soja e de milho na região do Porto de Miritituba (PA) ainda garantem os volumes de exportações previstos para os próximos dias, mas a interrupção do tráfego na rodovia está inviabilizando o transporte da produção, já que os transportadores estão se recusando a fazer o serviço em função da ausência de previsão sobre o fim da paralisação.
Com isso, a Abiove reivindica a atuação do governo federal, por meio do Ministério da Casa Civil, para identificar uma solução que libere definitivamente a pista.
"Caso isso não aconteça, as consequências futuras serão o desabastecimento em Miritituba e as dificuldades relacionadas ao recebimento de insumos importados, como combustíveis e fertilizantes, que são fundamentais para os preparativos para o plantio na região que ocorre nos meses de setembro e outubro", acrescentou a associação.
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