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Pará reforça combate às arboviroses em período chuvoso com ações com a população e profissionais

Somente de janeiro e outubro deste ano, em todo o Estado, foram registrados 16.648 casos de dengue, de acordo com a Sespa

Gabriel Pires
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Até a próxima sexta-feira (6), no Pará, a Semana de Combate às Arboviroses intensificará as ações de prevenção e combate às arboviroses, doenças transmitidas principalmente pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Somente de janeiro e outubro de 2024, em todo o Estado, foram registrados 16.648 casos de dengue, sendo 10 óbitos, como apontam dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O balanço também detalha que houve 350 casos confirmados de chikungunya, 28 registros confirmados de zika e 1 ocorrência de febre amarela.

A iniciativa, realizada pela Sespa, visa capacitar profissionais de saúde, promover a conscientização da população e fortalecer o controle do vetor responsável pela disseminação de doenças como dengue, chikungunya, zika e outras, como mayaro e oropouche. Também de acordo com a secretaria, as arboviroses mais comuns em áreas urbanas são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. 

Para a coordenadora estadual de Arboviroses, Aline Carneiro, essas medidas são essenciais nesse período em que as chuvas se intensificam na região. “Estamos num momento contingencial, quando a gente começa a ter um aumento no número de casos, principalmente de dengue, mas de todas as arboviroses. Há um potencial muito grande para aumento do número de casos”, afirma.

“É importante que a população tenha uma rotina de verificação, principalmente de possíveis criadouros: caixa d'águas destampadas, calhas e vasilhame do animal doméstico. E o acondicionamento correto do lixo para colocar próximo do horário do recolhimento. É necessário ter todos esses cuidados e que sejam rotineiros. Pelo menos uma vez por semana tirar pelo menos 10 minutos para essa verificação”, completa a coordenadora.

Complicações

No Pará, a dengue, chikungunya e o zika vírus - que pode trazer complicações como microcefalia em recém-nascidos quando a mãe é infectada durante a gravidez -, são as principais doenças em vigilância, com protocolos de manejo clínico já implantados nos hospitais do Estado. Além dessas doenças urbanas, há também a ameaça de arboviroses silvestres, como a febre amarela, que pode ser transmitida pelo Aedes aegypti em áreas urbanas, embora seu ciclo atual seja predominantemente silvestre.

Monitoramento 

Para fortalecer o controle das doenças, o governo estadual implantou uma série de medidas, incluindo a vigilância ativa e a capacitação de profissionais de saúde. Na Semana de Combate às Arboviroses, serão realizadas atividades de capacitação para médicos e enfermeiros, com foco no diagnóstico diferencial dessas doenças e no manejo clínico adequado.

Além disso, novas ferramentas de monitoramento da vigilância vetorial serão apresentadas, incluindo protocolos de coleta, checagem de casos e orientações sobre como implementar as ações de controle. A programação inclui a realização de rodas de conversa, simulações de controle vetorial e webinários sobre o manejo da dengue em crianças e adultos.

Mobilização

A participação da população é crucial para o sucesso das estratégias de combate às doenças, ainda segundo a coordenadora estadual de Arboviroses. "Cada município tem a responsabilidade de planejar e executar as ações em seus territórios, considerando a realidade local e os focos predominantes identificados nos levantamentos do LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti)", enfatiza a coordenadora.

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