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Pará reduz em 42% os alertas de desmatamento em um ano, a maior redução da Amazônia Legal

Estado diminuiu área recoberta por alertas em 1.199 km², de acordo com dados oficiais divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

O Liberal

De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta quarta-feira (7), o Estado do Pará reduziu em 42% a sua área coberta por alertas de desmatamento no ano Prodes 2024, período de análise compreendido entre 1º de agosto de 2023 e 31 de julho de 2024. A área coberta por alertas neste intervalo é de 1.680 km², enquanto que no Ano Prodes 2023 foi de 2.879 km². Esta queda de 1.199 km² em área desmatada é a maior redução registrada em toda a Amazônia Legal e também é a maior desde o ano Prodes 2020, quando a área era de 3.918 km². 

As informações se referem aos dados gerados pelo Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora o desmatamento na Amazônia Legal.

Nos 15 municípios abrangidos pelo Decreto Nº 2.887 de 7 de fevereiro de 2023, que determinou emergência ambiental no Pará, a área recoberta por alertas de desmatamento em 2024 é de 885 km², o que representa uma redução de 57% em relação a 2023, quando a área foi de 2.037 km², o que equivale a 1.152 km².

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Os municípios incluídos no decreto são Altamira, Anapu, São Félix do Xingu, Pacajá, Novo Progresso, Itaituba, Portel, Senador José Porfírio, Novo Repartimento, Uruará, Rurópolis, Placas, Trairão, Jacareacanga e Medicilândia.

Entre os municípios com maiores reduções de área, destacam-se: São Félix do Xingu, com uma redução de 191 km² (-64%); Portel, com 171 km² (-67%); e Altamira, com 168 km² (-52%).

A escolha desses 15 municípios para o Decreto de Emergência Ambiental baseou-se no fato de que, entre 2019 e 2021, eles lideravam o ranking de desmatamento no Estado, respondendo, em média, por 75% das taxas de desmatamento do período. Graças à intensificação das ações de comando e controle implementadas pelo Estado, a redução nesses municípios em 2024 corresponde a 74% (885 km²) da redução total registrada no Pará, que é de 1.199 km².

Na Amazônia Legal, a área coberta por alertas de desmatamento em 2024 foi de 4.315 km², em comparação com 7.952 km² em 2023, o que representa uma redução de 46%, equivalente a 3.637 km². O Estado do Pará contribuiu com  33% dessa redução, ou 1.199 km². 

"O Pará comemora mais uma conquista significativa na luta contra o desmatamento. Os dados mais recentes revelam uma nova redução histórica nos alertas de desmatamento, consolidando o Estado como referência em políticas ambientais eficazes. Essa redução é a prova de que quando investimos no combate aos ilícitos ambientais podemos chegar a resultados extraordinários, preservando a nossa Amazônia como nunca antes”, destacou o governador do Estado, Helder Barbalho. 

Segundo Mauro O’de Almeida, secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, a queda no desmatamento demonstra a eficácia das políticas públicas implementadas pelo Governo do Pará, em especial as ações de comando e controle da secretaria.

"As operações Curupira e Amazônia Viva, por exemplo, intensificaram o combate aos ilícitos ambientais, garantindo a proteção da floresta e a segurança das comunidades locais. Através de ações integradas de fiscalização e monitoramento no combate ao desmatamento ilegal, o Governo do Pará tem conseguido reduzir significativamente a perda de floresta. A combinação de tecnologia e ações em campo tem sido fundamental para alcançar esses resultados", informa.

"O desenvolvimento sustentável e a preservação ambiental caminham juntos no Pará. Ao proteger a Amazônia, o Estado garante a qualidade de vida das presentes e futuras gerações, além de contribuir para a mitigação das mudanças climáticas em escala global. Desta forma, o Governo do Pará reafirma seu compromisso com a preservação da Amazônia e continuará trabalhando incansavelmente para garantir um futuro mais sustentável para todos", completa o secretário.

A Semas, por meio do Comitê de Monitoramento e Planejamento Estratégico para Fiscalização (CFISC), realiza o acompanhamento e avaliação das informações de desmatamento a partir de dados gerados pelo Sistema de Monitoramento do Desmatamento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes) e dos Alertas de Desmatamento gerados pelo sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter). Estes sistemas realizam o monitoramento oficial do desmatamento na Amazônia Legal e foram desenvolvidos e mantidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

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