Pará implanta sistema de vigilância contra febre do 'maruim'
O Pará, comprovadamente um dos estados com maior evidência da presença do transmissor, concentra 39 municípios com incidência significativa, demonstrando a importância da vigilância desse arbovírus.
O Pará tornou-se o primeiro estado brasileiro a oficializar a Vigilância Epidemiológica da Febre de Oroupoche, doença transmitida pelo mosquito maruim, popular em diversas regiões do estado. A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) anunciou a implantação nesta terça-feira (27), após aprovação pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB) em 8 de fevereiro. A CIB, responsável pela aprovação de políticas de saúde no Pará, reúne gestores da Sespa e das secretarias municipais de saúde.
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Segundo a secretária de Estado de Saúde Pública, Ivete Vaz, essa medida representa um avanço nas ações de Vigilância em Saúde no estado. O vírus Oropouche (Orov) circula na América Central e do Sul, tendo causado mais de 30 epidemias e meio milhão de casos, a maioria no Brasil, desde os anos 1960.
O Pará, comprovadamente um dos estados com maior evidência da presença do Orov, concentra 39 municípios com incidência significativa, demonstrando a importância da vigilância desse arbovírus.
Nos anos de 2021 e 2022, o Instituto Evandro Chagas detectou 121 casos positivos para Orov, indicando a circulação recente do vírus em vários estados, incluindo o Pará. A nova vigilância visa direcionar atenção aos casos suspeitos e facilitar o diagnóstico diferencial para Oropouche.
Os procedimentos incluem preenchimento de fichas de notificação, investigação imediata, colheita de amostras para diagnóstico, busca ativa de casos suspeitos, e informação e educação da população afetada sobre a doença e medidas de prevenção.
A transmissão ocorre principalmente pelo mosquito maruim, além do mosquito Culex quinquefasciatus. Os sintomas incluem febre aguda, dores articulares e musculares, fotofobia, e ocasionalmente manifestações neurológicas.
A prevenção, além da vigilância de vetores, envolve medidas como limpeza de terrenos e uso de repelentes. A população pode solicitar orientações e denunciar possíveis criadouros de mosquitos à Secretaria Municipal de Saúde.
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