OVNIs no Pará: pesquisadores relembram supostos fenômenos ufológicos misteriosos
Os últimos dias têm sido marcados pela presença de objetos voadores não identificados no céu dos Estados Unidos
O Pará também tem seus mistérios e já foi palco de fenômenos ufológicos. O caso mais famoso, que ganhou repercussão nacional e internacional, foi em Colares, no nordeste paraense, em 1977. Segundo os relatos da época, moradores avistaram uma luz incomum no espaço aéreo do interior paraense, que eram seguidas de ataques às pessoas, com luzes que vinham do céu. O caso ficou popularmente conhecido como “chupa-chupa”. O assunto veio à tona novamente, já que os últimos dias têm sido marcados pela presença de objetos voadores não identificados (OVNIs) no céu dos Estados Unidos. A Casa Branca, no entanto, já descartou que o caso se trata de extraterrestres.
Heitor Costa, pesquisador independente de ufologia de Belém, relembra que o episódio causou euforia geral. Logo, foi aberta uma investigação pelo Primeiro Comando Aéreo Regional (I COMAR), ligado à Força Aérea Brasileira (FAB). A investigação, que foi comandada pelo capitão Uyrangê Bolivar Soares Nogueira de Hollanda Lima, o capitão Hollanda, ficou conhecida como “Operação Prato”. O objetivo era identificar a origem dos supostos "discos voadores".
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Utilizando câmeras fotográficas e filmadoras para analisar e captar os fenômenos relatados pelos populares de Colares, a operação teve o apoio de mais de 20 militares e durou 4 meses. “Ainda não se tem uma conclusão sobre o que eram esses objetos, apesar de terem muitas especulações. Muitos ufólogos afirmam, categoricamente, que são seres de outros planetas fazendo pesquisas em nosso planeta. Infelizmente, comprovadamente, ainda não temos nada que possa garantir tal afirmação”, detalha Heitor.
“Existe um acervo de fotografias e filmes que foram feitos durante essa investigação. Eles estão em poder do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), em Brasília. Até a data de hoje, esses arquivos ainda são classificados como assuntos sigilosos e não estão classificados na lei de liberdade de informação”, complementa.
OVNIs em diversas regiões do Pará
O município de Santo Antônio do Tauá também ficou marcado como palco dessas aparições. Durante o trajeto de Colares para o Tauá, em 12 de outubro de 1977, militares avistaram um objeto cilíndrico luminoso no céu, como lembra o pesquisador em ufologia Bruno Miranda, de Belém. “Ele se movimentava de forma perpendicular, não apresentando uma direção certa de se mover. Movia-se como em curvas. Os militares relataram em documentos oficiais, agora já liberados pelo arquivo nacional, o avistamento de 2 seres dentro da nave. Existem, inclusive, desenhos e a hora em que se deu o fenômeno”, detalha.
Relatos de fenômenos incomuns também foram presenciados na Ilha de Mosqueiro, no distrito de Belém. Bruno conta que, nesse episódio, pescadores em alto mar foram perseguidos por um objeto não identificado que sobrevoava o céu da Baía do Sol. “Um deles, inclusive, foi assistido pela equipe de plantão na ilha. Os militares também recolheram o relato”, conta.
Ao longo do ano de 1977, diversas outras incidências de supostas visitas extraterrestres foram difundidas em todo o Pará pela imprensa daquele período. Um objeto não identificado com tons de luzes azul e verde foi avistado por dois adolescentes na noite do dia 31 de outubro de 1977, no bairro da Pedreira, em Belém. Casos semelhantes foram testemunhados em Marapanim, Viseu e Vigia.
Causas
Heitor Costa ressalta que uma característica bastante comum entre as ocorrências de fenômenos OVNIs é que sempre acontecem próximo a grandes massas de água. “Como sabemos, estamos numa região geográfica que é banhada por várias baias, o que consequentemente favorece para que esses objetos se apresentem na intensidade que se apresentaram. Um fator importante para o registro desses fenômenos é a popularização dos aparelhos celulares e equipamentos semelhantes como também o compartilhamento nas redes sociais”, conta.
Já Bruno Miranda enfatiza que essas supostas aparições de outro mundo seriam motivadas para a extração de recursos, a fim de desenvolver a tecnologia alienígena. “O Brasil em si, especificamente a região amazônica por sua grande extensão de vegetação, costas imensas de rios e sua riqueza de minérios, faz com que sejamos, de certa forma, visitados com fins a uma certa extração de recursos. Estes poderiam servir para abastecer e alimentar a tecnologia que tais seres precisariam”, enfatiza o pesquisador.
Nos EUA
A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, declarou hoje que os óvnis derrubados recentemente nos Estados Unidos não têm nenhuma relação com extraterrestres. "Não há nenhuma indicação de alienígenas ou atividade extraterrestre com os abates recentes. Queria me certificar que vocês e o povo norte-americano saibam disso", afirmou Karine Jean-Pierre, porta-voz da Casa Branca, durante entrevista coletiva.
Kirby reconheceu que balões como esses são usados por "países, empresas, pesquisadores e universidades por motivos que não são nem um pouco nefastos", mas que, como o governo não conseguiu determinar a que servem esses objetos recentes, decidiu derrubá-los por "excesso de cautela".
(Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão de João Thiago Dias, coordenador do Núcleo de Atualidades)
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