Número de analfabetos no Pará cai 3 pontos percentuais em 12 anos, aponta IBGE
O número de pessoas que não sabem ler nem escrever diminuiu no Brasil entre 2010 e 2022. A taxa de queda do Pará é maior que a taxa de queda do Brasil
Em 12 anos, o número de analfabetos no Pará e no Brasil caiu, conforme apontam dados do Censo Demográfico 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (17). No estado, essa diminuição foi numa proporção maior em comparação ao país. No Pará, a taxa de analfabetismo caiu de 11,7% em 2010 para 8,76% em 2022 - diminuição de 3 pontos percentuais. Já no Brasil, o Censo revelou que o total de não alfabetizados no país caiu de 9,6% (2010) para 7% (2022) - diminuição de 2,60 pontos percentuais.
Na projeção nacional, 93% da população brasileira é alfabetizada: do total de 162.951.495 de habitantes, 151.547.694 são alfabetizados e 11.403.801 não são alfabetizados. Em todo o Estado, 91,24% da população é alfabetizada (5.592.512 habitantes), enquanto 8,76% não é alfabetizada (536.677 pessoas), ainda segundo o balanço do IBGE. A taxa de alfabetização dos paraenses que, em 2010, era de 88,3%, chegou a 91,2% em 2022, ficando em 16º lugar no ranking entre os estados do país. Ainda no ano passado, esse panorama foi maior para a população feminina: 92,47%, enquanto a população masculina alcançou taxa de 89,99%.
Raça
No recorte por cor ou raça, a população amarela foi a de maior taxa no Pará: 95,51%, indicando que 95,51% dos residentes no estado que se autodeclararam como “amarelos” são alfabetizados. Em seguida, aparece a população branca (93,43% dos brancos que vivem no Pará são alfabetizados). A população parda - maioria no Pará - aparece em 3º lugar, com taxa de 91,17%. E em 4º lugar está a população preta, com taxa de 88,34%. Já a população Indígena do Pará apresentou taxa de alfabetização de 83,3%.
Indígenas
Ainda no Pará, 84,74% da população indígena é alfabetizada (43.729 pessoas) e 15,26% não é alfabetizada (7.873 pessoas). Mais da metade dos indígenas alfabetizados são homens (43,02% do total de 84,74%). O percentual de mulheres é 41,73%. A taxa de alfabetização dos povos originários que residem no Pará é 15ª maior do Brasil. No recorte por sexo, a taxa para homens chegou a 86,82% e a das mulheres ficou em 82,70%.
Em números absolutos, a faixa etária de 25 a 34 anos é a de maior quantidade de pessoas indígenas alfabetizadas (10.415 pessoas do total de 43.729 alfabetizados). A segunda faixa etária com mais pessoas alfabetizadas entre os indígenas vai de 15 a 19 anos (8.212 pessoas) e a terceira vai de 35 a 44 anos (7.871 pessoas alfabetizadas).
Panorama nacional
E em todo o Brasil, das 163 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 15 anos, 151,5 milhões sabem ler e escrever ao menos um bilhete simples e 11,4 milhões não têm essa habilidade mínima. Em números proporcionais, o resultado indica taxa de alfabetização em 93%, em 2022 e, consequentemente, a taxa de analfabetismo foi 7% do contingente populacional.
Responsabilidade
Com relação ao Pará, Rossieli Soares, titular da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), disse que “mesmo sendo de responsabilidade dos municípios, o Governo do Estado e a Seduc investem fortemente na alfabetização das nossas crianças, fundamental para que elas sejam capazes de prosseguir para as demais etapas sem dificuldade”. “Lançamos, em 2023, o programa Alfabetiza Pará para garantir que 100% das nossas crianças sejam alfabetizadas na idade certa, ou seja, até 8 anos de idade. Em apenas 1 ano de programa conseguimos mais do que dobrar o número de crianças capazes de ler, saindo de 21% para 47%. Esse é só o começo, temos muito pela frente, mas estamos trabalhando para munir nossas crianças de oportunidades e ferramentas”, destacou.
Taxas de alfabetização por faixas etárias:
(população de 15 anos ou mais residente no Pará)
- 15 a 19 anos: 97,67%
- 20 a 24 anos:97,62%
- 25 a 34 anos: 96,81%
- 35 a 44 anos: 93,72%
- 45 a 54 anos: 88,61%
- 55 a 64 anos: 82,52%
- 65 anos ou mais: 71,49%
Fonte: IBGE
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