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VÍDEO: No Pará, 90% das rodovias federais têm problemas de trafegabilidade, aponta CNT

O balanço aponta que, das 10 estradas federais no Estado, 9 têm problemas de pavimentação, sinalização e geometria da via

Gabriel Pires
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Em todo o Pará, 90% das rodovias federais apresentam problemas de trafegabilidade, que estão classificados como regulares e ruins. Isso quer dizer que, das 10 estradas federais no Estado, 9 têm problemas de pavimentação, sinalização e geometria da via. Os números são da 26ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), que é realizada anualmente. 

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Entre as estradas classificadas em situação “regular" estão: BR-316, BR-308, BR-163, BR-010 (Belém-Brasília), BR-230 (Transamazônica) e BR-153. Já as rodovias BR-158, BR-222 e BR-155 são avaliadas como "ruim". Os principais tipos de pontos críticos identificados ao longo desses trechos são: buraco grande (69,4%), erosão na pista (20,9%), outros (1,5%), ponte caída (0,7%), ponte estreita (6,0%) e queda de barreira (1,5%). E somente a BR-163 (Santarém-Cuiabá) é considerada "boa".

Na avaliação da especialista em trânsito Maisa Tobias, engenheira civil e professora da Universidade Federal do Pará (UFPA), o estado atual da estrutura da malha rodoviária federal no Estado é afetado por diversos fatores. Entre eles, condições climáticas, solo com média a baixa compactação, além de veículos com carga intensa nesses locais, geralmente acima da capacidade de recepção do piso. Segundo ela, medidas como melhorias de acesso e duplicação em áreas de grande tráfego são essenciais para reverter alguns dos problemas mencionados.

“O Estado tem uma vasta dimensão territorial, é entrecortado por rios, furos e igarapés, tem índice pluviométrico alto e falta de fiscalização de carga transportada em face à legislação. Tudo isso vem levando a um desgaste mais rápido do piso de rolamento ou asfalto [das rodovias federais]. A distância [de alguns trechos] dificulta uma pronta assistência e todos esses fatores contribuem para a falta de manutenção e o desgaste mais rápido. Assim, aumenta o tempo de viagem, o número de acidentes e desgaste veicular”, detalha a especialista.

Contraponto

Em contraponto à pesquisa do CNT, que aponta um balanço anual, de acordo com dados do Índice Condição da Malha Rodoviária Federal (ICM), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o Pará teve uma avaliação positiva das rodovias federais, chegando a 80% na classificação “boa”, enquanto a negativa (“ruim” ou “péssimo”) ficou em 8%. Em um comparativo com 2016, quando o Brasil havia alcançado os melhores percentuais do ICM, o Pará ainda apresenta um avanço significativo, também segundo os dados, divulgados em maio de 2024.

Dados do DNIT apontam, também, que as rodovias com as melhores avaliações são:  BR-153 (98%); BR-155, BR-158, BR-222 e a BR-422, que apresentam índices acima de 90%; e a BR-163, BR-010 e BR-316, com 80% na avaliação do levantamento. Sobre as rodovias com menor desempenho no ICM, a BR-230 e a BR-308 - que ainda têm trechos não pavimentados -, existe boa perspectiva de diminuição do percentual de trechos ruins e péssimos, como informou o DNIT, por meio de nota. 

Investimentos

A secretária nacional de transporte rodoviário, Viviane Esse, do Ministério dos Transportes, frisa que a melhoria no estado de conservação das rodovias federais apresentada no ICM é fruto de investimentos do Governo Federal. Somente em 2022 foram 620 milhões investidos para manutenção e obras nas estradas. E, no ano passado, 1,5 bilhão foi direcionado ao Estado, segundo a gestora. “Para esse ano, a previsão é do mesmo valor. Percebemos uma crescente nos investimentos. A gente aumentou o valor do investimento público no Pará”, pontua. 

Já se tratando dos 8% da malha rodoviária em condições ruins que cruza o Pará, Viviane destaca: “A gente já tem ações de intervenção nessas áreas”. Viviane enfatiza, ainda, algumas obras que estão em andamento no estado, como adequação da BR-316 entre Castanhal e Santa Maria do Pará, no trevo de Salinópolis e na divisa do Pará com o Maranhão. “E algumas obras essenciais, como na BR-230, onde planejamentos fazer uma ponte sobre o rio Xingu, temos, também, algumas construções em Altamira e Rurópolis, na BR-230”, reforça.

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