Naufrágio na ilha de Cotijuba: Defesa questiona números do naufrágio com a lancha 'Dona Lourdes II'
O advogado criminalista Dorivaldo Belém, que atua na defesa do comandante da lancha “Dona Lourdes II”, Marcos de Souza Oliveira, 34 anos, disse que, no momento do acidente, a embarcação seguia com menos passageiros do que está sendo contabilizado pelas autoridades
Durante a entrevista concedida à reportagem de O Liberal, neste domingo (11), o advogado criminalista Dorivaldo Belém, que atua na defesa do comandante da lancha “Dona Lourdes II”, Marcos de Souza Oliveira, 34 anos, questionou dados informados pelas autoridades até o momento. O criminalista defendeu que a embarcação transportava menos passageiros do que está sendo contabilizado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup). Na noite deste domingo (11), a secretaria confirmou 22 mortes e 65 sobreviventes, o que totaliza 87 passageiros e cinco a mais da capacidade máxima da embarcação, de 82 lugares. No entanto, Dorivaldo Belém afirmou que, com base no que já apurou com o comandante Marcos Oliveira, no momento do acidente, havia 75 passageiros a bordo.
“Ele (Marcos Oliveira) diz que tinha menos. Na conta dele, daria menos de oitenta (pessoas). Mas isso será contabilizado, tanto no inquérito policial como no inquérito administrativo da Capitania dos Portos. Mas o fato de a lancha naufragar, não é porque passou um ou dois passageiros. Mas pela questão das forças da natureza. Algo incomum que provocou o naufrágio”, disse, ao destacar que Marcos pilota barcos desde os 12 anos de idade.
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“Ele tinha habilitação da Capitania (dos Portos), acostumadíssimo nesse trecho, a lidar com a maré. Desde os doze anos, ele pilota. Adolescente, estava aprendendo em pequenas embarcações. Claro, era irregular”, reconheceu. “Mas, para embarcações de passageiros, ele tem habilitação para comandar embarcações com uma capacidade muito maior de passageiros e de carga”, afirmou.
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