Museu do Marajó completa um ano de reabertura com mais de 10 mil visitações
Espaço impulsiona desenvolvimento sociocultural na região após reabertura
O Museu do Marajó completou um ano de reabertura, nesta sexta-feira (3), com mais de 10 mil visitações feitas. O espaço já recebeu 16 programações ao longo do ano, atendeu 43 escolas da zona urbana e rural de Cachoeira do Arari, recepcionando inclusive estudantes dos campi da Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade do Estado do Pará (Uepa) e das Escolas Estaduais de Educação Profissional e Tecnológica (Eetepa) de Xinguara, Salvaterra e Soure.
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“A recuperação do Museu devolveu o protagonismo como instituição destinada à salvaguarda e difusão da cultura marajoara e local de promoção e fortalecimento da cadeia produtiva da cultura na comunidade. Voltou a cumprir, com a gestão compartilhada entre Estado e comunidade, um importante papel no desenvolvimento sociocultural na região”, ressalta o diretor do Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM), Armando Sobral. Desde 2020, o Museu passou a fazer parte do Sistema.
O diretor do museu, Eduardo Portal, frisa que a parceria com o SIMM tornou viável o funcionamento do Museu com serviço de excelência. “A profissionalização do quadro de pessoal foi extremamente importante pra uma gestão mais assertiva, assim como a possibilidade de contar com uma rede de suporte e profissionais experientes na gestão de espaços culturais. O marajoara não esperava a obra, achávamos que seria uma reforma mínima, simbólica. Mas, não, foi uma reconstrução à altura da grandiosidade do Museu”, diz.
Após a reconstrução, o local passou a contar com a instalação de novas estruturas elétricas, hidrossanitárias, sistema de prevenção e combate a incêndios, salão de exposições, fachada e construção de novos espaços. A intervenção também garantiu a salvaguarda das centenas de peças colecionadas pelo fundador do Museu, padre Giovanni Gallo, que contam a história do religioso, da fauna e da flora marajoara. Ele acreditava que as comunidades de seu entorno têm uma ligação com o acervo bastante distinta daquela que os visitantes em geral possuem em relação aos museus mais tradicionais.
A professora marajoara Sandra Souza é um exemplo da constatação do fundador. “Minha relação é de pertencimento com o Museu: sinto-me parte dele, sou apaixonada pela nossa cultura como um todo. Antes da reconstrução, existia um complexo inacabado, que funcionava parcialmente porque a associação não tinha condições financeiras para manter todos os projetos funcionando. Faltavam equipamentos adequados para conservação das peças arqueológicas. A realidade mudou”, pontua a professora, que é sócia do Museu do Marajó.
“Para nós, especialmente para o município de Cachoeira do Arari, foi uma conquista magnífica, em razão da atenção que o museu tem chamado, fomentando o turismo. A frequência de visitantes aumentou bastante e os elogios são de toda ordem”, destaca o secretário regional de Governo do Marajó, Jaime Barbosa. O museu possui uma área útil de 3.062m², e às áreas externas foram incorporadas duas praças: uma interna, que liga o pavilhão principal do Museu à sepultura e à casa do padre Gallo, e uma externa, criada a partir da retirada dos muros do Museu ao longo da nova fachada principal, possibilitando uma interação direta com a cidade.
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