Núcleo de Promoção e Igualdade Étnico-Racial é instalado no oeste do Pará
Com sede em Santarém o Nierac vai atuar em temas que envolvam a população negra e as relações étnico-raciais, além das populações indígenas
O Núcleo de Promoção e Igualdade Étnico-Racial (Nierac), instalado no município de Santarém, oeste do Pará, vai atuar em temas que envolvam a população negra e as relações étnico-raciais, que incluem também as populações indígenas. A sede está localizada no Teatro Vitória, no centro da cidade, e vai receber demandas dos municípios da região do Baixo Amazonas.
O Nierac pode sugerir estratégias para o combate à discriminação racial e coordenar estratégias para promoção de políticas de igualdade racial para os municípios que compõem a região do Baixo Amazonas, oeste do Pará ; e ainda organizar e apoiar campanhas em conjunto com o Centro de Direitos Humanos.
Outra atividade importante do Núcleo é o acompanhamento dos programas de outras instituições de temas relacionados no combate ao racismo, além de promover pesquisas, ações educativas e de formação para o público interno, e outras atividades relacionadas com a promoção da igualdade étnico-raciais.
A instalação foi feita oficialmente pelo Procurador-Geral de Justiça César Mattar Jr, com a assinatura da portaria que designa a promotora de Justiça de Santarém, Lilian Braga, para que a coordenação do Núcleo começasse a funcionar.
“O Ministério Público sempre teve um olhar voltado para fora, essa é a nossa missão. Era esse nosso sonho acalentado, e dentro desse sonho era impossível que nós não passássemos pela criação, pela formatação de um projeto que engendrasse a inclusão e a participação efetiva de todos os segmentos da nossa casa e de fora da nossa casa, do Ministério Público, de todas as populações”, disse o Procurador-Geral de Justiça.
Atuação do Núcleo
Instalado na última segunda-feira, 22 de novembro, no auditório das Promotorias de Justiça de Santarém. O núcleo é de configuração estadual e está vinculado ao Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos (CAODH) do Ministério Público do Pará.
A promotora de Justiça Eliane Moreira falou em nome do CAODH e fez uma referência a origem histórica do Ministério Público como instituição, e ressaltou que esse é um tema de extrema importância. “Não é apenas uma instalação, hoje nós olhamos nos olhos do rei e dizemos que é com a população que nós desejamos estar, é com os povos indígenas, com a comunidade quilombola, é ao lado deles que precisamos estar”, enfatizou.
Junto com o ato de instalação foi realizado o seminário - “A Arte como Ferramenta de Resistência: Manifestações artísticas de mulheres indígenas e quilombolas”. O evento foi marcado pela apresentação do grupo musical de Alter do Chão, Suraras do Tapajós, composto somente por mulheres da etnia Borari. Um espaço do auditório foi reservado para a exposição de arte e produtos trazidos por artistas quilombolas e indígenas de Santarém e Oriximiná, com artesanato, vestuário, acessórios e obras de arte.
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