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Mortes violentas intencionais caem 11% no Pará e 6% na Amazônia Legal

Apesar dos avanços, o estado ainda ocupa o terceiro lugar entre os estados da Amazônia Legal com maior índice de MVI

Igor Wilson

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) divulgou nesta semana a terceira edição do estudo anual “Cartografias da Violência na Amazônia”, destacando avanços e desafios no combate à violência letal na região. O Pará se destacou como um dos três estados da Amazônia Legal com maior redução nos índices de mortes violentas intencionais (MVI) entre 2021 e 2023, alcançando uma queda de 11,8% entre 2022 e 2023 e de 11% no triênio 2021-2023.

Apesar dos avanços, o estado ocupa o terceiro lugar entre os estados da Amazônia Legal com maior índice de MVI, ficando atrás apenas de Amapá e Amazonas. Em números absolutos, o Pará registrou 2.964 MVI em 2021, 3.018 em 2022 e 2.662 em 2023.

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Santana (AP) lidera o ranking, com 92,9 mortes por 100 mil habitantes

As cidades mais violentas

Entre as dez cidades com maior índice de MVI da Amazônia Legal, quatro estão no Pará e lideram o ranking. Cumaru do Norte ocupa o primeiro lugar, com uma taxa de 141,3 MVI por 100 mil habitantes, seguida por Abel Figueiredo (115,5), Mocajuba (110,4) e Novo Progresso (102,7). Floresta do Araguaia, também no Pará, aparece em décimo lugar, com 93,2 MVI por 100 mil habitantes.

Os números mostram um fenômeno destacado pelo estudo: a interiorização da violência na Amazônia. Dos 50 municípios mais violentos da região, apenas uma capital, Macapá (AP), figura na lista, ocupando a 27ª posição.

Crescimento da presença de facções criminosas

Outro dado preocupante revelado pelo estudo é o aumento de 46% na presença de facções criminosas na Amazônia Legal. Atualmente, ao menos 260 municípios da região registram atividade de organizações como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), além de grupos locais. Essa presença tem intensificado conflitos fundiários e violência em áreas de exploração de recursos naturais.

A proximidade com Colômbia, Peru e Bolívia, principais produtores de cocaína do mundo, também contribui para a violência na região, de acordo com o relatório. O tráfico de drogas, somado a atividades como exploração ilegal de madeira, ouro e pescado, amplia a dinâmica criminosa e afeta comunidades tradicionais.

Panorama amazônico

A Amazônia Legal registrou 8.603 mortes violentas intencionais em 2023, equivalente a uma taxa de 32,3 por 100 mil habitantes, 41,5% maior que a média nacional (22,8/100 mil habitantes). Apesar disso, houve reduções nos últimos anos: 1,1% entre 2021 e 2022, 5,1% entre 2022 e 2023 e 6,2% no triênio 2021-2023, superior à média nacional, de 4,6%.

Entre os estados da Amazônia Legal, Amazonas, Maranhão e Roraima foram os únicos a apresentar redução consistente no período, com destaque para Roraima, que alcançou uma queda de 25,6% nas MVIs entre 2021 e 2023.

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